Banho de Graca

Ontem foi um dia realmente difícil, um dia daqueles. O trabalho estava pegado, trabalhei até as 23:00, e ainda por cima eu moro longe do trabalho. Durante o caminho eu fui pensando no banho quentinho e relaxante que eu tomaria quando chegasse em casa.

O show de Truman e a Religiosidade

Mês passado eu estava passando os canais na televisão e me deparei com esse filme “O Show de Truman”. O show de Truman é um filme de 1998, eu o assisti na época do lançamento e depois nunca mais tinha visto (isso prova que estou ficando velho).

#006 - Jesus e Nicodemos

Daqui para frente Jesus terá uma série de encontros onde seu objetivo principal será expor os corações das pessoas. E ele começa essa série se encontrando com Nicodemos e durante esse encontro Jesus nos ensina sobre o novo nascimento, nascimento esse que vem do Espírito e não da carne.

#005 - Jesus no Templo

Jesus expulsa os mercadores que estavam no templo, fazendo da graça de Deus um comércio. Nem parece que isso foi escrito a dois mil anos atrás. Jesus muda a visão deles de templo e de graça.

Archive for 01/06/2010 - 01/07/2010

15 TESES SOBRE A VERDADEIRA IGREJA - 3


3. A terceira reforma.

Certa vez li em um livro que Mahatma Gandhi, o grande líder espiritual e pacifista indiano, era amigo próximo de um pastor metodista, missionário entre os indianos. Quase todos os dias eles caminhavam juntos, e enquanto caminhavam conversavam sobre a vida e sobre as coisas do Senhor Jesus. Num certo momento da caminhada o pastor falou para Gandhi: “você crê em Jesus como eu, porque você não se junta a nossa igreja?” e Gandhi respondeu da seguinte forma ao pastor: “É verdade, eu creio em Jesus sim, mas não consigo vê-lo na igreja”. Infelizmente, essa é uma grande verdade.

Lutero redescobriu a redenção somente pela graça e mediante a fé, e com isso desencadeou a primeira reforma, uma reforma da teologia. No final do século XVII e no século XVIII, movimentos de renovação como o Pietismo redescobriram o relacionamento pessoal do individuo com Deus, essa foi a segunda reforma, uma reforma da espiritualidade. Mesmo com essas duas reformas, as formas básicas de ser igreja continuaram as mesmas. Por isso, Deus está avançando mais um passo ao mexer com as formas básicas de ser igreja. Assim está se desencadeando a terceira reforma, uma reforma da estrutura.

Quando falo de reforma não estou falando em mudanças de forma na estrutura, mas estou falando de uma total e completa revolução, uma radical redescoberta da natureza, da substância central da igreja, do DNA do Novo Testamento, do código genético sobrenatural, do evangelho que Deus introduziu na igreja. Pretender transformar uma igreja alterando suas formas exteriores é uma atitude tão pouco inteligente quanto querer produzir em si mesmo uma mudança de mentalidade trajando uma nova peça de roupa. Uma nova declaração de visão, belos alvos, formulações maravilhosas ou outras alterações cosméticas sem uma reforma radical do código genético somente levarão a uma frustração maior.

Vivemos um momento ímpar da história cristã, uma época em que igrejas cristãs crescem intensamente no mundo todo. Atualmente se formam 2000 a 3000 novas igrejas por semana (dados da Aliança Evangélica Mundial). Mesmo sendo uma época de grande alegria, fica ainda maior o grau de insatisfação da igreja como a conhecemos. Muitos aceitam Jesus, mas poucos permanecem membros comprometidos de igrejas cristãs. Numa pesquisa realiza em Amsterdã, colocou-se aos jovens a pergunta se estavam interessados em Deus. 100 por cento deles responderam que “SIM”. Depois perguntou-se se estavam interessados na igreja, e 99 por cento responderam que “NÃO”.

O que a igreja fez com as boas novas do evangelho? Como passamos de simpática ao povo para o que somos hoje? Muitos pastores dizem abertamente: “A igreja sobre a qual prego é muito diferente da igreja à qual prego”. Em Atos no capítulo dois vemos os irmãos se amando, se visitando (partindo o pão de casa em casa), cuidando uns dos outros (vendiam tudo o que tinham e distribuíam conforme a necessidade), perseverando na doutrina dos apóstolos, se mantendo unidos (apesar das diferenças). Eles caíram na simpatia do povo. Todo o povo ficava impactado com a maneira com que eles viviam. Eles não estavam preocupados em começar uma nova religião, o cristianismo, eles queriam viver como Cristo (At 2.42-47).

Um missionário contou que uma igreja na Europa com cerca de 200 membros, queria convidar não-cristãos para um culto evangelístico. Com auxilio de muita propaganda conseguiram 50 pessoas que nunca tinham estado numa igreja. “Bem poucos deles retornaram no domingo seguinte ao culto”, disse o missionário, “mas iremos atrás deles”. 50 pessoas estiveram em contato direto com a igreja de Cristo e não saíram nem um pouco impressionadas, impactadas com evangelho vivo na vida dos irmãos. Porque será que a igreja não para de chatear as pessoas e assume a responsabilidade? Será que nós não deveríamos cair de joelhos e tentar descobrir qual foi o terrível erro que cometemos para tantas pessoas entrarem em contato conosco e saírem sem ser atingidas?

Não se enganem, essa estrutura que existe hoje pode até mudar algumas formas, mas não vai mudar radicalmente, revolucionar, retornar ao DNA original. E essa mensagem, da verdadeira igreja, não pode ser suportada pela estrutura atual “Ninguém põe vinho novo em vasilha de couro velha; se o fizer, o vinho novo rebentará a vasilha, se derramará e a vasilha se estragará. Ao contrário, vinho novo deve ser posto em vasilha de couro nova.” (Lc 5.37-38). O vinho novo ainda está em fermentação e por isso se expande. A vasilha de couro velha não tem mais como se expandir e arrebenta. Jesus sabia disso, por isso, não tentou mudar o judaísmo, simplesmente mostrou como deve se viver igreja. As pessoas não querem pregar essas verdades porque vai arrebentar o formato de igreja como elas conhecem “Ninguém, depois de beber o vinho velho, prefere o novo, pois diz: o vinho velho é melhor” (Lc 5.39).

Precisamos reformar, não a estrutura atual, mas os nossos corações para aprendermos a ser a verdadeira e gloriosa noiva de Cristo.

“Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas. Mas eles disseram: Não andaremos nele.” (Jr 6.16).

15 TESES SOBRE A VERDADEIRA IGREJA - 2


2. Mudar o sistema de “categogas”.

O que são “categogas”? Categogas é uma palavra que mistura as “catedrais” (cristãos) e as “sinagogas” (judeus). Essa palavra foi inventada por Wolfgang Simson em seu livro “casas que transformam o mundo”. Ela é a palavra usada por ele para exemplificar o tipo de estrutura existente na maioria das igrejas nos dias atuais. Desde a época de Constantino, no século IV, a igreja católica desenvolveu esse sistema religioso que consistia de um templo (a catedral) e de um padrão básico de culto que imitava a sinagoga judaica, e a igreja continua seguindo-o até hoje.

Esse sistema cresceu e depois da reforma protestante se desenrolou nas denominações. Na reforma, Lutero conseguiu reformar o conteúdo do evangelho “sola fide, sola scriptura, solus Christus, sola gratia, soli Deo gloria” (só a fé, só a escritura, só Cristo, só a graça, só a Deus glória), mas a estrutura continuou intacta. A maioria dos cristãos cresceu dentro desse sistema e talvez ache muito difícil uma igreja sobreviver fora dele. Não é possível voltar na história e mudar o que aconteceu, mas também não precisamos aceitar esse sistema como imutável.

Você já parou para se perguntar: Por que a igreja de Cristo precisa de um prédio? Não estou dizendo que não possa ter, mas ela não precisa de um prédio, sobreviveu por 300 anos sem um, e Cristo em momento nenhum orientou os discípulos a fazerem um. Se a igreja se reunisse nas casas ela precisaria de um estatuto? Você quando se reúne com sua família segue algum estatuto, ordem de culto ou rol de membros? Por que a igreja de Cristo precisa de uma denominação? Nomes diferentes são usados para diferenciar uns dos outros, mas para que eu quero me diferenciar se todos somos a “noiva” de Cristo, o “corpo” do qual ele é o cabeça “Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo.” (1Co 12.27). Em cada cidade existe somente uma igreja, a igreja de Cristo da cidade (Ef 4.2-5).

Por que o ensino e a liderança da igreja atual são centralizados em uma pessoa, o pastor principal? Isso foi o casamento entre o ratinho (célula) e o elefante (a reunião da cidade). Essa união gerou um produto totalmente incomum: a “igreja dos pastores”. Esse produto é uma igreja profissionalizada com sacerdotes convenientes ao estado, que também correspondiam à demanda, e era elevada por um culto nobre. Logo construíram-se prédios especiais para as necessidades religiosas das congregações eclesiásticas, e passo a passo a igreja deu adeus ao cotidiano, trajou-se de relíquias adotadas do Antigo Testamento – como sacerdotes, altares e rituais de elevado teor simbólico – recaindo para formas de culto em que a maioria dos presentes era forçada a ser espectadora, porque praticamente não havia mais possibilidade de inserir-se como “leiga” nos cultos. O problema não está no antigo Testamento, mas em transferir princípios dele para época do Novo Testamento sem considerar a evolução do relacionamento entre Deus e o ser humano.

Nesse sistema de categogas, ou igreja dos pastores, as palavras perderam o seu verdadeiro significado. Igreja deixou de ser a reunião dos santos, para se tornar um prédio. Adoração deixou de ser uma vida devota e passou a ser um momento onde se louva usando música. Culto deixou de ser minha vida e passou a ser um encontro público. Piedade deixou de ser uma pessoa que tem um relacionamento profundo com Cristo e passou a ser sentir pena de outro. O Sacerdócio de todos os santos passou a ser o sacerdócio de alguns poucos ministros ordenados. Templo deixou de ser o meu corpo como habitação do Espírito Santo e passou a ser o lugar onde se reúne para culto.

Ser verdadeira igreja é viver como Cristo viveu, amar o próximo como a si mesmo, suportar o irmão em amor, perdoar uns aos outros como Cristo nos perdoou, cuidar do próximo em suas necessidades e fazer a vontade de Deus aqui na terra expandindo o seu reino.

Verdadeira igreja ou categogas? A escolha é sua.

15 TESES SOBRE A VERDADEIRA IGREJA - 1


1. Cristianismo como estilo de vida, não como sucessão de eventos religiosos.

Bem antes dos discípulos serem chamados de cristãos eles eram chamados de os do “Caminho”. Um dos principais motivos era que literalmente eles tinham encontrado o caminho da verdadeira vida. Eram chamados de os do “Caminho”, porque estavam em movimento, caminhando com Cristo e em direção à Cristo. Eles sabiam onde estavam, sabiam para onde iam, e mais importante, sabiam o caminho para chegar onde queriam.

Futuramente, em Antioquia, eles foram chamados de “Cristãos” pela primeira vez. A palavra “cristão” significa pequenos Cristos. Eles não se autodenominaram cristãos, as pessoas enxergavam Cristo na vida daqueles homens e por isso os chamavam assim. Ser cristão não tinha nada haver com um lugar que se freqüentava, ou uma família que se nascia e muito menos com freqüência em eventos religiosos. Ser cristão significava ter um estilo de vida como o de Jesus, o Cristo.

Interessante, e porque não triste, perceber como esse foco se perdeu na igreja atual. O nível de espiritualidade de uma pessoa é medida pela freqüência aos eventos religiosos. Não se preocupam mais com a vida, mas com a freqüência, com a roupa e com a postura assumida nos eventos religiosos. A preocupação não é se a pessoa está caminhando com Cristo, mas se ela está dizimando, não é em como está o seu casamento, mas em como está sua freqüência.

Não se pode mais pregar o que Jesus Cristo pregou, porque isso é ofensivo de mais e afasta as pessoas dos eventos religiosos, afinal, os tempos são outros. Precisa-se encher as pessoas de eventos porque elas não sabem mais caminhar com Cristo. É necessário mimar os “crentes”, porque se eles se magoarem vão para outra “igreja”, e a entrada mensal da minha “igreja” pode diminuir.

E a justiça, o cuidar do necessitado, o abrigar o estrangeiro, o visitar o preso? Deus me livre disso! Até quando a igreja vai continuar de olhos fechados para a realidade do que é ser cristão, e parar de querer terceirizar o serviço cristão pagando para que outros façam em seu lugar? Lindos salões de culto têm sido construídos enquanto muitos “templos” têm sido esquecidos, cada vez a música tem sido aprimorada e a adoração... o que é mesmo adoração?

Ser cristão é viver como Cristo, não freqüentar igreja. Mas como vão saber viver como Cristo se a leitura da Bíblia também está terceirizada para os ministros profissionais? Afinal, eles são pagos para isso. Como a igreja de Cristo é diferente do cristianismo, como ser cristão é diferente de ser membro de igreja. As igrejas estão anestesiadas dentro de si, deixando Cristo de fora, o mundo de fora, e se tranqüilizando por estarem com nome escrito no “rol de membros”, como se o rol de membros fosse a mesma coisa que “Livro da Vida”.

“Da multidão dos que creram, uma era a mente e um o coração. Ninguém considerava unicamente sua coisa alguma que possuísse, mas compartilhavam tudo o que tinham. Com grande poder os apóstolos continuavam a testemunhar da ressurreição do Senhor Jesus, e grandiosa graça estava sobre todos eles. Não havia pessoas necessitadas entre eles, pois os que possuíam terras ou casas as vendiam, traziam o dinheiro da venda e o colocavam aos pés dos apóstolos, que o distribuíam segundo as necessidades de cada um.” (At 4.32-35).

A igreja que você “freqüenta” se parece com essa?


“Realmente, se Cristo viesse hoje a terra, a igreja o crucificaria de novo porque não suportaria a verdade.”