Essa semana li essa introdução no livro "Casas que transformam o mundo" de Wolfgang simson, me impactou, esse é o meu sonho.
Meu pai era húngaro, mas cresci na Alemanha “cristã”, onde se vê uma igreja em cada esquina. Sempre tive a impressão de que deve existir algo de sensacional na igreja que Jesus fundou há 2000 anos e a respeito da qual leio no Novo Testamento – mas por qualquer motivo não conseguia descobrir o que era!
Junto com muitos amigos e colegas sonhei a respeito de uma igreja que fosse tão simples como “um – dois – três” e, apesar disso, dinâmica. Sonhei a respeito de algo explosivo, que fosse capaz de deixar o mundo e nossos bairros residenciais de pernas pro ar. A igreja dos seguidores de Jesus como uma invenção sobrenatural, equipada por Deus com o dom da imortalidade. A igreja como uma ferramenta para que façamos discípulos de Jesus Cristo uns dos outros e transfiramos a sua vida uns para os outros. Igreja como algo realmente integral, onde muitas coisas convergem: graça e frutas, amor e riso, alegria e bombons, perdão e diversão, poder e – afinal, porque não? – também um pouco de papel.
Igreja como algo que não precisa de uma fortuna em dinheiro e que dispensa retórica religiosa, de controle e manipulação, sim, nem sequer de heróis carismáticos. Algo que seja decididamente não-religioso e que precisamente por isso é capaz de tocar tão profundamente. Um lugar em que as pessoas, de tão pasmas, não conseguem mais ficar caladas, e no qual podemos aprender como se vive. Uma igreja que não apenas traga uma mensagem, mas que é uma mensagem. Algo que se alastra incessantemente como um vírus, infectando tudo o que entra em contato com ele, até que a terra toda esteja coberta pelo conhecimento de Deus como as águas cobrem o mar. Uma igreja, cuja força é proveniente de seu inventor, que a equipou com um genial código genético espiritual – uma espécie de DNA celestial – que lhe permite transferir valores do céu para a terra e reproduzi-los aqui. Dessa maneira não apenas se converte água em vinho, mas também ateus em apóstolos, policiais em profetas, motoristas de caminhão em educadores, carteiros em pastores e dignos anciãos da aldeia em radiantes evangelistas.
Essa igreja, assim sonho eu, é como uma família extensa espiritual – orgânica, não organizada; centrada nos relacionamentos, não formal. Possui uma estrutura à prova de perseguições, na qual nada é impossível. Ganha em estatura quando chora. Alastra-se mesmo debaixo do tapete. É capaz de florescer no deserto, respirar debaixo d’água, enxergar no escuro e multiplicar-se espontaneamente no caos.
Uma igreja que se multiplica como dois peixes e cinco pães nas mãos de Jesus, em que os pais voltam seus corações para os filhos e os filhos se volvem para os pais, em que as pessoas são os verdadeiros recursos e na qual apenas um único nome se destaca magnificamente: o Cordeiro de Deus.