Banho de Graca

Ontem foi um dia realmente difícil, um dia daqueles. O trabalho estava pegado, trabalhei até as 23:00, e ainda por cima eu moro longe do trabalho. Durante o caminho eu fui pensando no banho quentinho e relaxante que eu tomaria quando chegasse em casa.

O show de Truman e a Religiosidade

Mês passado eu estava passando os canais na televisão e me deparei com esse filme “O Show de Truman”. O show de Truman é um filme de 1998, eu o assisti na época do lançamento e depois nunca mais tinha visto (isso prova que estou ficando velho).

#006 - Jesus e Nicodemos

Daqui para frente Jesus terá uma série de encontros onde seu objetivo principal será expor os corações das pessoas. E ele começa essa série se encontrando com Nicodemos e durante esse encontro Jesus nos ensina sobre o novo nascimento, nascimento esse que vem do Espírito e não da carne.

#005 - Jesus no Templo

Jesus expulsa os mercadores que estavam no templo, fazendo da graça de Deus um comércio. Nem parece que isso foi escrito a dois mil anos atrás. Jesus muda a visão deles de templo e de graça.

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5 perguntas sobre o perdao - Parte 4


4. Por que devo perdoar o meu irmão?

Por incrível que pareça, essa é uma pergunta muito comum no meio evangélico. Principalmente por existir muitos irmãos que não falam uns com os outros. Mas isso não é novo, Paulo mesmo enfrentou isso, e tentou apaziguar um caso desses: “O que eu rogo a Evódia e também a Síntique é que vivam em harmonia no Senhor” (Fp 4.2)

O motivo do perdão ao meu irmão é o perdão que recebo de Deus “Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou. Acima de tudo, porém, revistam-se do amor, que é o elo perfeito.” (Cl 3.13). O alvo é que possamos estar vinculados uns aos outros pelo amor, que é o elo perfeito.

Quantas vezes devo perdoar o meu irmão? 70 vezes 7, foi a resposta que ouvi, quando preguei sobre esse assunto. Não apenas 490 vezes, mas toda vez. Foi isso que o Senhor Jesus quis dizer quando deu essa resposta a Pedro (Mt 18.21-22). Toda vez que o meu irmão errar comigo devo perdoá-lo.

O que precisa ser desmistificado é a celebre frase: eu tenho que sentir para perdoar, se não, serei um hipócrita. A bíblia não fala, em lugar nenhum, que devemos ter algum sentimento específico para perdoar. Ela fala do amor, mas esse não vem de nós, vem de Deus (1Jo 4.7-8). A bíblia fala de ordem, de obediência e não de sentimento: “perdoem-se”. Não é um pedido, nem um apelo, é uma ordem.

Isso me lembra da história de uma mulher e a sua sogra:

Uma certa mulher morava com sua sogra. Elas não conseguiam se entender de jeito nenhum. Por isso, ela procurou um sábio de sua cidade, e pediu para que ele lhe desse um veneno, para que ela matasse a sogra, pois não a aguentava mais.

O sábio saiu, e voltou com um pequeno frasco nas mãos, e disse:

- Ponha um pouco desse veneno todo dia na comida da sua sogra. Mas, cuidado! Trate-a bem, fazendo a comida preferida dela e etc., para que ninguém desconfie de você.

No dia seguinte ela começou seu plano. De principio a sogra estranhou, mas por incrível que pareça, depois de um tempo começaram a se dar bem.

Seis meses depois a mulher volta, desesperada, ao sábio perguntando como ela poderia desfazer o processo de morte da sogra, porque agora elas se amavam.

O sábio olha para ela e diz:

- Não se preocupe, o que eu te dei era só um frasco de tempero, o que eu queria te mostrar é que Deus pode restaurar o seu relacionamento com sua sogra, só precisava que alguém obedecesse.

Por que é tão difícil perdoar o meu irmão? Vou sugerir duas respostas para essa pergunta:

1. Porque me valorizo de mais – me acho tão certo, que, para mim, é um absurdo a pessoa ter errado comigo: “ela não poderia ter feito isso comigo, eu nunca faria com ela o que ela fez comigo”. A bíblia nos aconselha a não termos um elevado conceito sobre nós mesmos “Ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, ao contrario, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu.” (Rm 12.3)

2. Porque ainda não entendi o perdão de Deus – Quando não consigo alcançar o quão pecador sou e quão amoroso Deus é em me perdoar, tenho dificuldade em ter essa mesma atitude com o meu irmão “Deus, que é rico em misericórdia, , pelo grande amor com que nos amou, deu-nos vida com Cristo, quando ainda estávamos mortos em transgressões – pela graça vocês são salvos.” (Ef 2.4)

Que possamos entender o perdão de Deus por nós, e, tendo esse perdão como base, perdoarmos nossos irmãos.


Por seu Reino de perdão.

Rodrigo Rezende

5 perguntas sobre o perdao - Parte 3


3. Será que eu preciso me perdoar?

Você precisa se perdoar, essa é uma frase que escutamos corriqueiramente, mas será que essa frase é verdadeira? Talvez você não saiba, mas não existe nem meio versículo que fala sobre se perdoar. Tem aqueles versículos que falam sobre perdoar ao próximo, outros que falam sobre o perdão de Deus por nós, mas nenhum que fala sobre se perdoar.

Pela frequência com que ouvimos essa frase, era de se esperar que existisse pelo menos um versículo falando sobre o assunto, mas não existe nada, a bíblia não fala em momento nenhum sobre se perdoar; porque essa não é uma afirmação verdadeira. Ninguém precisa se perdoar, precisamos sim, aceitar o perdão de Deus.

Vamos refletir sobre o assunto. Para acontecer o perdão, é necessário ter um ofensor e um ofendido. Como uma pessoa pode ser ao mesmo tempo, o ofensor e o ofendido? Só se ela tiver dupla personalidade (se é que isso existe). Como no caso do “Smigol” personagem da trilogia O Senhor dos Anéis.

Acredito que a expressão correta é: preciso aceitar o perdão de Deus na minha vida.

Geralmente, quando se fala em perdoar a si mesmo, é porque existem coisas na vida da pessoa que ainda o acusam, que ainda o assombram. É importante lembrarmos que satanás é o acusador (Ap 12.10), é ele que está preocupado, e trabalhando, para que continuemos nos sentindo acusados por pecados que, arrependidos, confessamos.

Deus não se lembra mais dos nossos pecados “Quem é comparável a ti, ó Deus, que perdoas o pecado e esqueces a transgressão do remanescente da sua herança? Tu, que não permaneces irado para sempre, mas tens prazer em mostrar amor. De novo terás compaixão nós; pisará as nossas maldades e atirarás todas as nossos pecados nas profundezas do mar.” (Mq 7.18-19)

Deus não se lembra, mas eu me lembro, e faço questão de carregar esse fardo, pagar esse preço. Isso me traz a memória a história da velha e o saco:

Um homem viajando de carroça oferece carona a uma senhora bem idosa que viajava à pé, carregando nas costas um pesado saco. A mulher agradece imensamente o favor, sobe na carroça, mas, mantém o saco nas costas. Então, o homem lhe diz: - Senhora, coloque o saco ali, naquele canto da carroça. A mulher, não querendo incomodar, responde: Moço, o senhor já está me ajudando tanto me dando carona, imagina seu eu vou abusar da sua bondade? Deixe que eu mesma levo o saco.

Todo pecado é, primeiramente, cometido contra Deus. E Deus já nos perdoou, não porque somos bonzinhos, mas porque “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.” (1Jo 4.10)

Quando confessamos os nossos pecados, somos declarados puros “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1Jo 1.9)

Então, pare de querer se perdoar e aceite o perdão de Deus na sua vida. Pare de ser assombrado por erros passados; porque você pode até se lembrar do que fez, mas, se você pediu perdão de coração, Deus não se lembra mais.

Aceite o perdão de Deus, não porque você merecesse, mas porque ele quis nos perdoar, enviando seu Filho para pagar o preço.

Por seu Reino de justiça e aceitação.

Rodrigo Rezende

5 perguntas sobre o perdao - Parte 2


2. Como sou perdoado?

Pedindo perdão, seria a resposta de muitos. Mas o que foi feito para que o Senhor aceitasse o meu perdão? Se não existe nada em mim que o agrada, como a sua ira foi apaziguada?

Vamos voltar ao Antigo Testamento. Como acontecia o perdão dos pecados no Antigo Testamento? Através do sacrifício de um animal, alguém precisava pagar com a vida, e sobrava para o pobre animalzinho.

Mas será que só o sacrifício perdoava o indivíduo? Acredito que não. Deixa eu explicar, o sacrifício sem arrependimento não perdoava ninguém, o sacrifício sem a esperança no que o sacrifício significava não adiantava, era vazio.

Olha o que Samuel disse a Saul: “Acaso tem o Senhor tanto prazer em holocaustos e em sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? A obediência é melhor que o sacrifício, e a submissão é melhor que a gordura de carneiros” (1Sm 15.22). E olha que o Senhor Jesus disse aos fariseus: “Vão aprender o que significa isto: Desejo misericórdia, não sacrifício. Pois eu não vim chamar justos, mas pecadores.” (Mt 9.13).

Cristo é o cordeiro definitivo que pagou a divida de uma vez por todas (Jo 1.29), ele é a propiciação definitiva pelos nossos pecados “Deus o ofereceu como sacrifício para propiciação mediante a fé, pelo seu sangue, demonstrando a sua justiça.” (Rm 3.25)

Mas o que é propiciação? Literalmente, a ideia da propiciação é de aplacar ou acalmar a ira de Deus. Ele mesmo providenciou uma maneira de apaziguar a sua ira, e essa maneira se chama Cristo Jesus, o filho de Deus, o cordeiro imaculado. Por que foi necessário Cristo morrer? Porque “sem derramamento de sangue não há perdão.” (Hb 9.21).

Se Cristo morreu para apaziguar a ira de Deus significa que Deus é um Deus irado, mas isso não vai contra o fato de que ele é amor? Claro que não. A ira e o amor de Deus funcionam em perfeita harmonia. Vou dar um exemplo: Você ama os bebês? Se você ama os bebês, você odeia o aborto. Você ama os judeus? Se sim, você vai odiar o holocausto. Você ama os negros? Se sim, você vai odiar a escravidão. Se Deus ama a justiça vai odiar o pecado.

João nos mostra o amor e a ira de Deus funcionando juntos “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.” (1Jo 4.10). Ele tanto é amor que providenciou uma maneira de apaziguar a sua ira. É como se com uma mão ele segurasse sua ira e com a outra chamasse os pecadores ao arrependimento.

Essa afirmação não deveria gerar em mim estranheza, mas sim alegria, em saber que sirvo um Deus justo, e que esse Deus justo me ama ao ponto de sacrificar o próprio filho para restaurar o relacionamento comigo.

Será que temos nos alegrado constantemente no perdão que temos em Cristo Jesus? Será que temos vivido vidas de gratidão a ele, por ter morrido para apaziguar uma ira que não era contra ele, mas contra nós?

Que vivamos vidas agradecidas a Cristo. Não querendo pagar o que não se pode pagar, mas aceitando o que já foi pago.

Por seu Reino de perdão!

Rodrigo Rezende

5 perguntas sobre o perdao - Parte 1

1. Do que preciso ser perdoado?

Essa é uma pergunta simples, mas que na maioria das vezes não consegue ser respondida facilmente. Faça o teste, pergunte a alguém na sua igreja do que ela foi perdoada e veja o que ela vai responder. Provavelmente responderá dos seus pecados. É claro que fomos perdoados do nosso pecado, mas será que é só isso?

Eu não fui só perdoado dos meus pecados eu fui perdoado do simples fato de existir, de respirar sendo o pecador que sou. Você não entende isso? Talvez porque ainda não conhece quem você é de verdade. Bom, vamos começar do começo.

Adão, nosso pai, nosso representante, se rebelou contra Deus, pecou e assim quebrou o relacionamento que existia entre Deus e o homem. Não foi simplesmente uma quebra de relacionamento, como se Deus dissesse: estou de mal e não quero mais falar com você. A entrada do pecado em sua vida despertou a ira que existe em Deus.

Por muitas vezes eu usei a frase: Deus odeia o pecado, mas ama o pecador. Deus ama o pecador sim, mas o odeia quando este comete algum pecado “Os arrogantes não são aceitos na tua presença; odeias todos os que praticam o mal.” (Sl 5.5). Deus é santo e todo pecado se torna uma ofensa ao seu caráter santo. “Portanto, a ira de Deus é revelada dos céus contra toda impiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade pela injustiça.” (Rm 1.18). Todo pecado é primeiramente cometido contra Deus.

Como a Palavra de Deus diz que não há nenhum justo, nem um sequer” (Rm 3.10), o simples fato da minha existência já é uma ofensa contra Deus. Eu preciso ser perdoado por existir.

Também preciso ser perdoado da minha maneira vazia de viver “Pois vocês sabem que não foi por meio de coisas perecíveis como prata ou ouro que vocês foram redimidos da sua maneira vazia de viver, transmitida por seus antepassados.” (1Pe 1.18). Como existem vidas vazias, vazias de Deus, vazias de sentido, buscando com todas as forças ter coisas na tentativa de preencher esse vazio. Existem pessoas vazias nas igrejas também, "justificadas" por frequentar culto, dar o dízimo ou ter o nome num rol de membros.

Por muito tempo eu dizia ser pecador, mas não me arrependia de nada, dizia a Deus: perdoa os meus pecados, mas isso não me trazia dor, choro, vergonha, meu coração já estava cauterizado, eu não lutava contra isso.


Deus quer restaurar esse relacionamento, Deus quer se relacionar com pecadores, mas pecadores arrependidos, pecadores humilhados, conscientes da sua pequenez diante da grandeza de Deus.

Será que consigo entender que o fato de respirar já é uma ofensa a Deus e que careço constantemente do seu perdão? E que não posso fazer nada para merecer tal perdão?

Qual foi a última vez que você entrou no quarto, em secreto, e chorou com o Pai pedindo perdão, por algum pecado que cometeu?

Qual foi a última vez que, a noite na hora de dormir, você agradeceu a Deus porque naquele dia você conseguiu vencer algum pecado que é sua luta pessoal? Ou será que você não tem nenhum?

Que vivamos nesse reino de amor e perdão, sabendo que o simples fato de existir é porque fomos perdoados através da graça de Deus nas nossas vidas.

Continua...

Por seu Reino e seu Rei que é perdão.

Rodrigo Rezende

O filho prodigo



Eu recebi esse vídeo de um amigo pelo facebook e achei sensacional, espero que você seja tão impactado pelas verdades cantadas e pelas ilustrações bem feitas, como eu fui.


Por seu Reino!

Rodrigo Rezende


O que aprendi na Fiel

Durante os dias 3 a 7 de outubro aconteceu em Águas de Lindóia a Conferência Fiel 2011. Além de rever muitos amigos, alguns que não via há muito tempo, tive a oportunidade de aprender mais do Senhor e de mim mesmo. Então aqui estão algumas coisas que pude aprender:

1. Como o meu coração é idólatra – Eu já sabia disso, mas tinha me esquecido, foi preciso o Senhor me relembrar. Essa foi a primeira vez que fui à Conferência Fiel, e fui por causa do John Piper. E Deus revelou a minha idolatria, me mostrando que ele é homem, e me mostrando que existem muitos outros homens espalhados na terra que são usados por Deus para falar ao nosso coração. E Deus usou o irmão Stuart Olyott para me mostrar isso. Um senhorzinho do país de Gales, para mim desconhecido, mas não para Deus. Como Deus usou esse homem para falar ao meu coração idólatra.

2. A satisfação em Deus – Em sua última pregação John Piper falou sobre a base da nossa alegria, ou da nossa satisfação. E eu pude perceber que muitas vezes ou na maioria esmagadora das vezes o que estava na base da minha satisfação era eu mesmo. Se fosse fazendo perguntas do porque me sinto alegre com algo, no fundo percebia que eram as minhas vontades. Saí da conferência com o desejo de que Deus seja a minha total satisfação. Então as circunstâncias virão, mas não me abalarão, porque a minha alegria e satisfação estão na rocha que é o Senhor.

3. Necessidade da oração – Em uma de suas palavras sobre Jonas, Stuart Olyott falou da necessidade da oração. Jonas esperou estar no ventre de um peixe para conversar com o Senhor. Será que vou ter que esperar que alguma coisa assim aconteça comigo para que eu me relacione com o Senhor através da oração? Preciso orar mais, não por obrigação, mas por amor, por necessidade, porque sem ele eu não sou nada.

4. Confiança na soberania de Deus – O Dr. Agustus Nicodemos explicou com extrema perspicácia Romanos 9 e 10, uma exegese maravilhosamente explicada e extremamente prática sobre a confiança na soberania de Deus. As vezes falamos que entendemos e confiamos na soberania de Deus, mas quando a coisa aperta vem a desconfiança, ansiedade e tantas outras coisas que revelam a nossa falta de confiança na soberania de Deus.

5. Reaprendi a louvar com hinos – Quem me conhece sabe que eu gosto muito de música e que não sou muito fã de hinos, nada contra os hinos e muito menos contra quem gosta só que eu não sou muito fã. Lá na conferência só tinha hino, e eu reaprendi que isso também é louvor e que Deus se agrada, mesmo que eu não me agrade muito. E que a maioria dos irmãos estava achando ótimo e que eu poderia abrir mão do que eu gosto em prol dos meus irmãos.

A verdade é que devemos estar preparados para aprender com tudo e todos, aproveitar as oportunidades que Deus coloca na nossa vida para aprender mais dele, aprender a remir os dias porque existe muita coisa a aprender.

Mas principalmente precisamos estar preocupados em praticar tudo aquilo que aprendemos, porque já sabemos muitas coisas que não praticamos, se não só acumularemos conhecimento.


Por seu Reino.

Rodrigo Rezende

Os normais

Esses dias eu estava pensando em quantas coisas estranhas nós fazemos. Uma é dizer que vamos à igreja, transformamos a igreja num lugar e não mais nas pessoas. Outra é culto evangelístico, o que deveria ser a nossa rotina se torna um evento, não sou contra só acho estranho. E poderia citar muitas outras coisas como unção do leão, teologia da prosperidade e etc.

Nós começamos a nos acostumar tanto com essas coisas estranhas que pouco a pouco elas estão passando a ser normais. Quando pensamos em avivamento a primeira coisa que vem a mente são línguas, sinais, milagres e curas. Nada contra essas coisas, são todas muito boas, mas e se avivamento fosse muito mais uma volta à normalidade do que línguas, sinais e etc.?

Deixa eu explicar. Quando Deus criou o homem tinha um propósito em mente, esse propósito era o de ter uma grande família de muitos filhos que experimentavam e refletiam a glória de Deus no mundo. Esse propósito não foi frustrado com o pecado, pois “nenhuma dos teus planos pode ser frustrado.” (Jó 42.2).

Quando Deus criou Adão o criou inocente. O homem era a cora da criação, a glória revelada, a imagem e semelhança de Deus. E colocou diante dele duas escolhas representadas por duas árvores. A primeira era a árvore da vida que simbolizava o controle de Deus sobre o homem, a continuidade do propósito eterno da família de Deus.

A segunda árvore era a do conhecimento do bem e do mal. O conhecimento do bem e do mal em si não é ruim, mas para o homem significava a rebelião, era o afastamento de Deus e o seu auto-reconhecimento como capaz de tomar as suas próprias decisões. Como ele era inocente não sabia quais decisões tomar e por isso sempre recorria a Deus para que dissesse qual seria a decisão a ser tomada. Ao comer dessa árvore ele queria ser autossuficiente, capaz de tomar suas próprias decisões sem precisar recorrer a Deus.

Todos conhecemos o final dessa história, ele comeu o fruto e o pecado entrou no mundo. Mas não parou por ai, depois de anunciar a sentença de cada um envolvido, a serpente, a mulher e o homem, ele cuidou do homem e da mulher “O Senhor Deus fez roupas de pele e com elas vestiu Adão e sua mulher” (Gn 3.21). No sacrificar esse animal para tirar as peles Deus estava anunciando a restauração da normalidade, a continuidade do seu propósito, através do sacrifício de Cristo.

“Assim como uma só transgressão resultou na condenação de todos os homens, assim também um só ato de justiça resultou na justificação que traz vida a todos os homens.” (Rm 5.18). Um ato de Adão fez com o que o pecado atingisse toda humanidade, e um ato de justiça, do segundo Adão, Jesus, fez com que a restauração, a possibilidade da adoção se estendesse a todos. Não por nenhum mérito nosso, mas “porque ele nos amou primeiro” (1Jo 4.19)

Jesus veio para deixar de ser unigênito (Jo 3.16) e se tornar primogênito de muitos irmãos (Rm 8.29). “Pois vocês não receberam um espírito que os escravize para novamente temerem, mas receberam o Espírito que os adota como filhos, por meio do qual clamamos: Aba, Pai. O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8.15-16)

Já que somos filhos de Deus somos dependentes dele. Assim podemos voltar a normalidade do plano de Deus que é uma vida totalmente dependente dele. Uma vida normal onde o marido ama a sua mulher como Cristo ama a igreja, que a mulher é submissa ao seu marido como a igreja é a Cristo. Onde filhos respeitam os pais, onde pais amam e não irritam seus filhos. Onde nos tornamos os empregados que Deus espera que sejamos e os patrões que Deus espera que sejamos. Onde não há mais necessidade de cultos ou eventos evangelísticos porque isso acontece normalmente todos os dias.

As outras coisas, línguas, sinais, maravilhas, curas e etc. acontecerão quando for a vontade de Deus e para aqueles que estão restaurados e redimidos à normalidade do seu propósito.

Vamos deixar as coisas estranhas e voltar a normalidade do propósito de Deus.


Pela normalidade do seu Reino.

Rodrigo Rezende

O discipulo servo


Não existe discipulado sem serviço, mas será que temos a total noção do que significa ser servo de Cristo? Nessa pregação um pouco do significado de servo/escravo do Senhor Jesus é destrinchado possibilitando um melhor entendimento do serviço e da graça de Cristo.




Texto



Por seu Reino!

Rodrigo Rezende

O carma e a graca


Carma geralmente é uma palavra mal entendida. Em quase todas às vezes a usamos como sinônimo de “destino”, como se estivéssemos recebendo algo que não fizemos nada para merecer, e na maioria das vezes algo ruim.

Mas a verdade é que carma é o contrário disso, carma é “pagar pelo que fez”. Se eu realizo uma maldade com alguém, um dia alguém realizará uma maldade para mim. É por essa lei que o universo funciona.

É o grande toma lá dá cá. É aquilo que semear isso colherá. Se eu fizer algo de bom receberei coisas boas, se fizer algo ruim receberei coisas ruins. Infelizmente é assim que olhamos a maioria das coisas nas nossas vidas.

A própria Bíblia, por algumas vezes, parece sugerir isso: “Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará.” (Gl 6.7) e em outros textos.

Na verdade essa é a ordem natural das coisas, isso é fácil de entender. Como também é fácil entender justiça, justificação propiciação, o que não é fácil de entender é a graça.

A graça caminha na direção contrária a do carma. A graça não é natural aos nossos olhos, nós não nascemos sabendo, por isso é difícil de entender. Precisamos entender como o servo da parábola:

“Qual de vocês que, tendo um servo que esteja arando ou cuidando das ovelhas, lhe dirá, quando ele chegar do campo: venha agora e sente-se para comer? Ao contrário não dirá: prepare o meu jantar, apronte-se e sirva-me enquanto como e bebo; depois disso você pode comer e beber? Será que ele agradecerá ao servo por ter feito o que lhe foi ordenado? Assim também vocês, quando tiverem feito tudo o que lhes for ordenado, devem dizer: somos servos inúteis apenas cumprimos o nosso dever.” (Lc 17.7-10)

Nada do que eu faça, como servo, pode ressarcir o preço pago pelo meu Senhor, pois foi um preço muito alto, sua vida na cruz. E ele fez isso, não esperando receber nada em troca, nem por nada que tenhamos feito, fez por amor, fez por sua própria decisão junto com o Pai. Isso é graça.

Mas ainda, em muitas ocasiões, interagimos com Deus através do carma e não da graça. Como diz a parábola, Deus não precisa me agradecer por ter feito algo que era minha obrigação. Sou servo inútil e tudo que tenho é graças à bondade e misericórdia do meu Senhor.

Abandone o carma e desfrute da graça, pois dela depende toda a nossa vida.


Por seu Reino!

Rodrigo Rezende

Discipulado sem graca



Será que existe discipulado sem graça? Existe alguns, mas não são verdadeiros discipulados. O verdadeiro discipulado com o Senhor Jesus só é possível através da graça. Uma graça preciosa que impele o discípulo ao discipulado, com um jugo suave e um fardo leve. Espero que seja edificado com essa reflexão sobre a graça que nos impulsiona ao discipulado.




Texto



Por seu reino!

Rodrigo Rezende

Podcast - O discipulo

Nesse segundo podcast tivemos a ilustre presença do Juan que não pode estar no primeiro. Tivemos um excelente bate papo sobre o que é ser discípulo, algo tão falado, mas pouco entendido. O verdadeiro discípulo é aquele que se relaciona com seu mestre e procura reproduzir sua conduta. A nossa oração é para que todos nós sejamos autênticos discípulo do nosso Senhor Jesus Cristo.



Participantes

Rodrigo Rezende – Pastor da igreja de Cristo em Cabo Frio

Luciano Oliveira – Pastor da Igreja do Reino

Weverton Miranda – Pastor PIB Tangará

Juan de Paula – Pastor da Igreja Batista Memorial em Iguaba Grande

Andre Schuindt – Membro da Igreja do Reino


Texto Bíblico

Mateus 28.19-20


Citados no podcast

Trilha sonora: Livres para adorar – site | twitter

Indicação Rodrigo: Mundanismo de C. J. Mahaney

Indicação Luciano: www.comunidadebelford.com

Indicação Weverton:

Indicação Juan: Teologia Cristã de Franklin Ferreira

Indicação Andre: Reformissão de Mark Driscoll

Ele nos ama tanto

Cada vez mais tenho acredito no amor de Deus que nos permite caminhar, relacionar com ele, e suportar todas as aflições que o mundo nos impõe. Se entregue a esse amor, e deixe ser curado pelo amor do Senhor.

Os desigrejados



Hoje recebi mais uma pesquisa falando sobre o crescente número de evangélicos sem vínculos com igreja. Já tinha visto a pesquisa do pessoal do Genizah (muito boa) e agora foi na Folha.

Há algum tempo eu estou pensando em escrever sobre esse tema, mas ainda não tinha entendido que era a hora. Acredito que agora seja a hora, por isso vou compartilhar um pouco do que tenho entendido sobre isso.

Para alguns eu sou um desigrejado. Confesso que a principio gostei do termo, porque estou cansado dessa institucionalização da igreja de Cristo, que cria estruturas denominacionais com o fim de manter a própria estrutura e não a igreja. Mas não acredito que eu seja um desigrejado no sentido epistemológico da palavra “sem igreja”, pelo contrário, agora, acredito que estou mais igrejado do que nunca.

Eu fui pastor batista por 4 anos até que entendi do Senhor que deveria caminhar de uma forma mais simples, com menos burocracia e menos institucionalizada. Mas isso foi o que Deus falou para mim, tenho muitos amigos, e o meu próprio pai, que ainda são pastores batistas, homens de Deus, que não entendem dessa forma. Acredito que Deus chama cada um para uma obra especifica.

Desde então tenho caminhado com alguns irmãos de uma forma mais simples, reunindo em casas, mas não deixando de amar todos os nossos outros irmãos espalhados pela terra que reúnem de forma diferente. Afinal é só uma forma.

Para alguns, pelo fato de não termos nome, ou de não estarmos ligados a uma denominação, somos desigrejados. Desinstitucionalizados sim, desigrejados jamais, desviados nunca. Somos a igreja de Cristo “juntamente com todos os que, em toda parte, invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso.” (1Co 1.2)

O fato de entendermos que somos uma igreja só não significa que temos que reunir no mesmo lugar. Creio que Deus dá dons a cada um para uma obra especifica. Sei que a igreja de Cristo da qual faço parte não vai alcançar alguns tipos de pessoas, para isso existem outros irmãos com formas diferentes para alcançar aqueles que nós não conseguimos alcançar. Mas somos um só corpo, o corpo de Cristo do qual ele é o cabeça.

Essa semana li um texto, muito bem escrito pelo Dr. Augustus Nicodemos (aqui) falando sobre esse assunto. Alguns pontos, descritos por ele, sobre o pensamento daqueles que se denominam desigrejados estão listados abaixo.

1. Cristo não deixou qualquer forma de igreja organizada e institucional.

2. Já nos primeiros séculos os cristãos se afastaram dos ensinos de Jesus, organizando-se como uma instituição, a Igreja, criando estruturas, inventando ofícios para substituir os carismas, elaborando hierarquias para proteger e defender a própria instituição, e de tal maneira se organizaram que acabaram deixando Deus de fora. Com a influência da filosofia grega na teologia e a oficialização do cristianismo por Constantino, a igreja corrompeu-se completamente.

3. Apesar da Reforma ter se levantado contra esta corrupção, os protestantes e evangélicos acabaram caindo nos mesmíssimos erros, ao criarem denominações organizadas, sistemas interligados de hierarquia e processos de manutenção do sistema, como a disciplina e a exclusão dos dissidentes, e ao elaborarem confissões de fé, catecismos e declarações de fé, que engessaram a mensagem de Jesus e impediram o livre pensamento teológico.

4. A igreja verdadeira não tem templos, cultos regulares aos domingos, tesouraria, hierarquia, ofícios, ofertas, dízimos, clero oficial, confissões de fé, rol de membros, propriedades, escolas, seminários.

5. De acordo com Jesus, onde estiverem dois ou três que crêem nele, ali está a igreja, pois Cristo está com eles, conforme prometeu em Mateus 18.

6. A igreja, como organização humana, tem falhado e caído em muitos erros, pecados e escândalos, e prestado um desserviço ao Evangelho. Precisamos sair dela para podermos encontrar a Deus.

Devo ser sincero e dizer que acredito em quase todos esses pontos. Mas não aceito a pessoa que diz não precisar da igreja. Nós somos a igreja e precisamos uns dos outros para edificação do corpo (Ef 4). Não devemos deixar de reunirmos como igreja (Hb 10.25). Alguns usam a desculpa dos erros que a igreja institucional comete para não ter compromisso com o corpo e isso é rebeldia e não igreja de Cristo.

Acredito que a grande confusão está no entendimento do que é igreja. Não sou desigrejado porque sou igreja, mas não sou institucionalizado porque sei que posso ser igreja em qualquer lugar, e não somente em um local específico (apesar de não ter nada errado em ter um lugar). Posso ser igreja em qualquer dia, e não somente aos domingos (apesar de não ter nada errado em se reunir no domingo), posso ser igreja sem precisar de dinheiro, posso ser igreja sem precisar de rol de membros, posso ser igreja sem precisar de seminário (apesar de ter estudado em um e ser muito abençoado lá).

Todas essas coisas são boas, mas não são igreja. Igreja são os salvos pela graça, reunidos ao redor do nosso Senhor e mestre Jesus, seguindo os seus passos e amando a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Simples assim!

Não podemos usar essas coisas como muleta. Se não existir nenhuma dessas coisas ainda serei igreja? Cristo é suficiente para mim? Ou eu preciso de um local fixo, de um clero, e etc. Podemos ter as coisas, a diferença é como as usaremos.

A igreja não existe por si só, o corpo não pode viver sem a cabeça, que é Cristo. Antes de ser membro de uma instituição a pessoa precisa ser membro da igreja, e quando isso ocorre? No momento de sua conversão. A pessoa pode não ter o nome em um rol de membros e ser membro da igreja de Cristo, como pode ter o nome no rol de membros e não ser membro da igreja de Cristo.

Que sempre nos lembremos que a videira é Jesus e não a igreja. Precisamos estar alicerçados na videira, e em estando na videira estaremos, consequentemente, alicerçados na igreja de Cristo.

Ainda assim acredito, agora mais do que nunca, na igreja de Cristo, pois ela é a noiva do Senhor. Não essa caricatura institucionalizada, mas a verdadeira e gloriosa igreja de Cristo, pois esse é o plano de Deus, a forma que deixou para que vivêssemos aqui, cumprindo a sua missão enquanto aguardamos a sua volta.

Não sou desigrejado, mas não vou mais a igreja. Como? É simples, eu sou a igreja.

Por seu Reino!

Rodrigo Rezende

O evangelho placebo

Você sabe o que é um placebo? Placebo é “como se denomina um fármaco ou procedimento inerte, e que apresenta efeitos terapêuticos devido aos efeitos fisiológicos da crença do paciente de que está a ser tratado”. Ou seja, é quando uma pessoa está com dor de cabeça e você dá a ele uma bala dizendo que é um remédio e a pessoa melhora.

Qual é a explicação para tal efeito do placebo? Os médicos dizem que o placebo pode ser eficaz porque pode reduzir a ansiedade do paciente, revertendo assim uma série de respostas orgânicas que dificultam a cura espontânea. Aumento da frequência cardíaca e respiratória, produção e liberação de adrenalina na circulação sanguínea e contração dos vasos sanguíneos.

Bom, a verdade é que realmente pode funcionar, para coisas pequenas é claro. Uma verdadeira doença não pode ser curada com placebo isso é impossível, uma hora ou outra os reais sintomas irão aparecer.

Interessante perceber que o mesmo tem acontecido com o evangelho. O homem está doente, não só doente, mas morto em seus delitos e pecados. E para o homem é impossível reverter esse estado. Ai, então, entra o evangelho de Jesus para restaurar o homem.

Mas infelizmente, em vez de vermos um evangelho de graça e de graça, de perdão e arrependimento, de um rei soberano e súditos ávidos por cumprir a vontade do rei, temos visto um evangelho de dogmas e prosperidade, de cobrança e escravidão, de súditos buscando o rei somente para suprir as suas vontades, porque suas reais necessidades já são supridas pelo rei. Na verdade são súditos que se acham reis e que querem ser servidos pelo verdadeiro rei.

Então, se prega um evangelho placebo que ameniza a situação do individuo, dá uma aparência de tranquilidade, de que está tudo bem, mas que no fundo só está piorando a sua situação, porque o real problema não está sendo atingido.

O dicionário médico Hooper cita o placebo como “o nome dado a qualquer medicamento administrado mais para agradar do que beneficiar o paciente”. E é isso que temos visto um evangelho mais para agradar do que para beneficiar o pecador. O evangelho centrado no homem e para o homem.

O verdadeiro evangelho é loucura para o homem, mas é o poder de Deus para o que crê “Pois a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus.” (1Co 1.18)

Não busque o placebo, busque o verdadeiro evangelho. No começo ele pode ter um gasto amargo, até intragável (como novalgina), mas no final leva a verdadeira cura, a salvação de nossas almas.

Pela glória do Rei e seu reino.

Rodrigo Rezende

Podcast - Unidade da igreja

Esse é o primeiro podcast do reino, um momento muito especial com pessoas especiais onde pudemos compartilhar de forma bem informal e profunda a unidade da igreja. Acreditamos ser esse um assunto essencial para igreja, não somente hoje, mas a igreja em todas as épocas. Como o mundo crerá que o Pai enviou Jesus se não somos um, se há divisões na igreja de Cristo?




Participantes

Rodrigo Rezende - Pastor da igreja de Cristo em Cabo Frio
Luciano Oliveira - Pastor da igreja do reino
Geovani Lopes - Pastor da igreja do reino
Weverton Miranda - Pastor da PIB Tangará


Textos Bíblicos


Citados no podcast



O verdadeiro discipulo


Ontem eu recebi esse vídeo de meu amigo Diogo, e quando vi chorei. Chamei a minha esposa, mostrei para ela e ela chorou também. Esse vídeo mostra a essência daquilo que devemos buscar, e mostra os valores invertidos que vivemos hoje. Aproveite sem moderação.


Por seu Reino!

Rodrigo Rezende

Morte por amor

Um livro impactante de Mark Driscoll e Gerry Breshears. Totalmente honesto sobre o pecado e sobre o sofrimento e maravilhosamente rico de esperança, uma vez que o pecado e o sofrimento nos conduzem ao nosso verdadeiro salvador.


Pra que outros possam viver vale a pena morrer

Para participar da glória de Cristo, primeiro precisamos participar da sua morte. Só estamos qualificados para o discipulado cristão quando morremos para nós mesmos, tomamos a nossa cruz e o seguimos.


O discipulo - Jesus o Senhor

A segunda pregação da série o discípulo enfatiza a necessidade de Jesus ser o Senhor de nossas vidas para que possamos ser verdadeiros discípulos.


Projeto Piura



Há alguns meses atrás fui movido pelo Senhor à investir no crescimento do evangelho no Peru. Fui impactado pelo testemunho do Pr. Renato Vargens e me coloquei a disposição dos irmãos lá no Peru.

Então, conheci o Projeto Piura, liderado pelo pastor Leonardo Gonçalves, e me engajei na obra. Por enquanto de uma maneira tímida, Sustentando um casal de missionários peruano o Rolando e a Paola.

E recebi esse lindo vídeo que resolvi compartilhar aqui.



Espero que você se sinta impactado e incomodado à ajudar na expansão do Reino de Deus no Peru.

Por seu Reino.

Rodrigo Rezende

O discípulo - Introdução

Deus tem falado ao meu coração que algumas coisas não acontecem no nosso meio porque ainda não somos discípulos. Por isso estou fazendo uma série de pregações sobre o verdadeiro discípulo de Cristo.
Essa primeira é uma introdução mostrando os três tipos de homens existente, Espiritual, Natural e Carnal, entendendo que para ser um verdadeiro discípulo precisamos discernir as coisas espiritualmente.


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Os três homens

Era uma vez, num reino muito distante, havia três homens. Esses três homens viviam em busca de um ser sobrenatural, cada um com a sua tentativa. Todos eles sabiam que esse ser existia, tinham sido expostos à sua luz, mas ainda não sabiam como se conectar com ele.

O primeiro se esmerou no estudo, se aprofundou na filosofia, na psicologia para tentar, de alguma forma, se conectar a esse ser. Mas a sua busca sempre chegava num limite que estagnava, chegava num ponto onde ele não conseguia atravessar. Talvez ainda precise ser criado algo para dar continuidade a minha busca, pensava ele. Ele parava no teto do seu limite e dali não conseguia se mover. O nome dele era Natural.

O segundo conseguiu avançar um pouco mais que o Natural. Ele conseguiu, pela fé no ser, ter alguns lampejos, alguns vislumbres do ser. Mas chegou um momento onde essa fé o afetaria de várias maneiras e em sua mente, mesmo acreditando, resolveu parar o processo do entendimento, porque se assustou com o caminho da fé. Ele não estava encantado pelo ser, mas pelo que o ser podia fazer, estava fascinado com o seu poder. O seu nome é Carnal.

O terceiro, e nem por isso menos importante, percebeu que na verdade o ser queria se relacionar com ele. Ele só precisava se entregar por completo a esse ser. E ele se deixou ser exposto à luz do ser (como os outros dois), se deixou iluminar por essa luz e amou a luz que recebeu. Ele deixou de ser impressionado por discursos ou falas, sinais, manifestações sobrenaturais, ou por sua capacidade mental. Ele entendeu que só poderia acessar o ser pela fé, não por suas ações, mas pelo espírito do ser. O seu nome era Espiritual.

Esses três homens estão descritos na Bíblia por Paulo, e também estão perambulando entre nós hoje em dia. A diferença é que a busca não é por um ser, mas por Deus, mas as maneiras de tentar acesso a ele continuam as mesmas.

No próximo post vamos dar uma olhada nos três tipos de homens...

Continua no próximo post.


Por seu Reino.

Rodrigo Rezende

A história de Zac Smith continuou...


Um tempo atrás eu postei aqui um vídeo falando sobre a história de Zac Smith, uma linda história sobre glorificar a Deus acima de todas as coisas.
Zac Smith morreu, mas a sua história continuou...

Igreja Missional


Precisamos entender isso e como igreja praticar.

Simples Assim - Nome


Você já pensou no porquê dar nome às coisas? Eu estava pensando esses dias e percebi que damos nomes às coisas para diferenciarmos umas das outras.

Por exemplo, eu tenho um carro que se chama Fiat Uno, ele é diferente do Fiat Palio, por isso eles têm nomes diferentes. E os Fiat Uno, ainda tem nomes diferentes. Por exemplo, o meu carro é o Fiat Uno Fire, o que ressalta a sua agilidade, explosão, apesar de ser um carro 1.0 (se é que podemos chamar o que ele tem de explosão e agilidade). Depois dele saiu outro Uno com o nome de Fiat Uno Economy, demonstrando a economia do carro, já que o Fire por ter “explosão” consume mais.

Parece ser um consenso que damos nomes as coisas para diferenciarmos umas das outras, ou para diferenciarmos pequenas características delas.

Eu estava pensando no porquê de existir tantos nomes para a igreja de Cristo. Eu não sei se você sabe, mas existe uma lista de nomes de igrejas dos mais variados tipos e gostos rolando na internet. Vou citar alguns aqui só para você ver o nível:

  • Igreja Adventista da Sétima Reforma (Quais foram as seis primeiras reformas?)
  • Congregação Anti-blasfêmias (Eu queria saber como eles conseguem isso.)
  • Igreja Chave do Éden (Se eles têm a chave porque não estão lá?)
  • Igreja Evangélica Abominação à Vida Torta (Eu achei que todas abominavam isso.)
  • Cruzada de emoções (São tantas emoções...)
  • Igreja Pentecostal Jesus Nasceu em Belém (Sério, se eles não me dissessem nem saberia.)
  • Comunidade Arqueiros de Cristo (Será que preciso de um arco e flecha para entrar.)
  • Cruzada Evangélica do Pastor Waldevino Coelho, a Sumidade (sem comentários.)

Bom, brincadeiras a parte, infelizmente nos chamamos de tantas formas que nem parecemos ser a mesma coisa, igreja de Cristo.

Se olharmos para as igrejas históricas, apesar de não terem nomes tão ridículos, são nomes que ressaltam características que distinguem umas das outras, quando na verdade, o nome deveria ressaltar aquilo que nos une. Por exemplo:

Presbiteriana – É chamada assim por causa do seu sistema de governo que consiste de presbíteros que comandam a igreja.

Batista – É chamada assim porque ressalta o seu tipo de batismo, por imersão e quando a pessoa tem consciência para fazê-lo.

Congregacional – Também ressalta o sistema de governo que é congregacional, ou seja, a assembleia geral é que decide as coisas.

Metodista – São chamados assim por causa de seu fundador John Wesley que desenvolveu um método para fortalecer os irmãos da igreja Anglicana e que acabou virando a denominação Metodista.

Pentecostais – Assim são denominados porque crêem nos dons do Espírito que desceu sobre os discípulos no dia de pentecoste.

Os nomes dados às denominações sempre ressaltam o que separa e não o que une. O que une é muito mais importante do que as diferenças.

Uma pergunta tem me assombrado há algum tempo: de qual igreja você é? Geralmente eu respondo: da igreja de Cristo. Ai a pessoa diz: tá, mas qual? E ai eu digo: Por que? Tem mais de uma? Simples assim! Mas geralmente as pessoas não se dão por satisfeitas com essa resposta, mas eu continuo a dar a mesma resposta.

A palavra de Deus nos diz que devemos ser um: “Não ficarei no mundo, mas eles ainda estão no mundo, eu vou para ti. Pai santo, protege-os em teu NOME, o NOME que me deste, para que sejam um, assim como somos um. Enquanto estava com eles, eu os protegi e os guardei no NOME que me deste.” (Jo 17.11-12)

Então existe um nome pelo qual devemos nos chamar, pelo qual somos protegidos, pelo qual devemos ser um, e esse nome é o nome de Cristo. Simples assim!

Esse nome deve ser santificado “Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome...” (Mt 6.9); por causa desse nome seremos odiados “E sereis odiados de todos por causa do meu nome...” (Mt 10.22); é nesse nome que nos reunimos “Pois onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mt 18.20); nesse nome demônios são expulsos e pessoas falam novas línguas “Em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas...” (Mc 16.17); esse nome é santo “Porque o poderoso me fez grandes coisas; e santo é o seu nome.” (Lc 1.49); nesse nome se proclama o arrependimento e a salvação “e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão dos pecados...” (Lc 24.47); nesse nome temos o direito de sermos chamados filhos de Deus “Mas, a todos quando o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus.” (Jo 1.12); no nome temos os nossos pedidos atendidos “Se me pedirdes algumas coisa em meu nome, eu a farei” (Jo 14.14); o Espírito Santo é enviado por esse nome “Mas o ajudador, o Espírito Santo a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas...” (Jo 14.26); nesse nome há vida “estes, porém, estão escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.” (Jo 20.31); quem invocar esse nome será salvo “e acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” (At 2.21); nesse nome há cura “Disse-lhe Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho, isso te dou; em nome de Jesus Cristo, o nazareno, anda.” (At 3.6); eu poderia continuar, mas acho que já deu pra entender o que quero dizer.

Nesse nome somos chamados a andarmos juntos “Rogo-vos irmãos, em nome do nosso Senhor Jesus Cristo, que sejais concordes no falar, e que não haja dissenção entre vós; antes sejais unidos no mesmo pensamento e no mesmo parecer.” (1Co 1.10)

Então, quando me perguntarem qual é a minha igreja, direi mais uma vez, e com orgulho no nome, que sou da igreja de Cristo em Cabo Frio, junto com todos os que em todo lugar invocam o nome do nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso. “á igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para serem santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso.” (1Co 1.2)

E ainda nos perguntamos, por que poucos se convertem? A Bíblia nos dá a resposta: “Para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. Dei-lhes a glória que me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos um: eu neles e tu em mim. Que eles sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste” (Jo 17.21-23)

A união está no Nome, a desunião está na denominação. Simples assim!

Que sejamos unidos pelo Nome de Cristo.


Por seu Reino!

Rodrigo Rezende

Simples Assim - Justificacao


Justificação é um termo tão pouco usado hoje em dia e, por incrível que possa parecer, é a base do evangelho de Cristo Jesus. Ás vezes me pergunto: que evangelho é esse que estão pregando por ai que não fala de justificação? Ou que evangélicos são esses que não sabem o que é justificação e, na verdade, nem acham que precisam ser justificados?

Entender a justificação não é difícil, é simples, mas não é algo que se consegue por esforço próprio, é dado por meio de Cristo e alcançado através da fé “por meio dele, todo aquele que crê é justificado de todas as coisas das quais não podiam ser justificados pela Lei de Moisés” (At 13.39)

Justificação significa declarar justo, ou seja, declarar acerca de um homem, em um tribunal, que ele não está sujeito a qualquer penalidade, mas que ele é dotado de todos os privilégios devidos àqueles que sempre observam a lei. A primeira pergunta que surge dessa definição é: do que eu preciso ser justificado? E essa é a pergunta crucial.

Muitos não acham que precisam ser justificados por já se considerarem justos. Para estes, o sacrifício de Cristo não tem efeito, pois não precisam dele, já se consideram justos por seguirem um conjunto de leis, por frequentar a “igreja” regularmente, por fazer parte de algum ministério, por dar o dizimo. Assim eram os fariseus da época de Jesus, e assim são os de hoje, que também podem ser conhecidos como religiosos. Para esses Paulo adverte: “Já que vocês morreram com Cristo para os princípios elementares deste mundo, porque, como se ainda pertencessem a ele, vocês se submetem a regras: Não manuseie! Não prove! Não toque!” (Cl 2.20-21)

A palavra de Deus é clara “Não há nenhum justo, nem um sequer...” (Rm 3.10) e a prática da lei não pode declarar ninguém como justo diante de Deus “Portanto, ninguém será declarado justo diante dele baseando-se na obediência à Lei, pois é mediante a Lei que nos tornamos plenamente conscientes do pecado” (Rm 3.20).

Para que serve a lei então? Como o próprio texto diz ela serve para nos tornar conscientes do pecado. Se ela serve para nos tornar conscientes do pecado, como ela pode me tornar justo? Na verdade, não pode. Mas ela serve para nos guiar até Cristo “Assim a Lei foi o nosso tutor até Cristo, para que fossemos justificados pela fé” (Gl 3.24)

A lei impõe uma dupla exigência aos pecadores: 1. Requer plena obediência aos seus preceitos, e 2. Requer dos pecadores que suportem plenamente a sua penalidade. Cumprir essa dupla exigência é impossível ao homem, mas aquilo que era impossível ao homem foi completamente satisfeito em Cristo. Simples assim!

Então, a justificação não é alcançada por algo que eu possa fazer, mas pelo que Cristo fez “Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus” (2Co 5.21), e só cabe a nós crer. Simples assim!

Quando Deus olha para os pecadores que creram em Cristo, a sua ira é apaziguada, pois ele não enxergar mais a ofensa e sim a justiça, pois o pecador está banhado no sangue do seu Filho que se fez pecado no lugar dele.

Esse é o evangelho de Cristo, evangelho de justificação, mérito de Deus, que não pode ser alcançado com justiça própria ou lei, muito menos comprado com dinheiro ou com boas ações, uma boa noticia que traz liberdade àquele que crê. Estamos livres do legalismo por meio de Cristo.

Justificação é a sentença judiciária do último dia trazido ao presente, é um veredito final que jamais será revertido “... e aos que justificou, também glorificou.” (Rm 8.30), “glorificou” no passado.

Pela justificação em Cristo o meu passado está redimido, o meu presente faz sentido e o meu futuro está garantido, a ele seja a glória para todo o sempre. Amém!

Simples não é? Porque será que complicamos tanto?


Por seu Reino e sua simplicidade!

Rodrigo Rezende