Banho de Graca

Ontem foi um dia realmente difícil, um dia daqueles. O trabalho estava pegado, trabalhei até as 23:00, e ainda por cima eu moro longe do trabalho. Durante o caminho eu fui pensando no banho quentinho e relaxante que eu tomaria quando chegasse em casa.

O show de Truman e a Religiosidade

Mês passado eu estava passando os canais na televisão e me deparei com esse filme “O Show de Truman”. O show de Truman é um filme de 1998, eu o assisti na época do lançamento e depois nunca mais tinha visto (isso prova que estou ficando velho).

#006 - Jesus e Nicodemos

Daqui para frente Jesus terá uma série de encontros onde seu objetivo principal será expor os corações das pessoas. E ele começa essa série se encontrando com Nicodemos e durante esse encontro Jesus nos ensina sobre o novo nascimento, nascimento esse que vem do Espírito e não da carne.

#005 - Jesus no Templo

Jesus expulsa os mercadores que estavam no templo, fazendo da graça de Deus um comércio. Nem parece que isso foi escrito a dois mil anos atrás. Jesus muda a visão deles de templo e de graça.

Archive for 01/10/2011 - 01/11/2011

5 perguntas sobre o perdao - Parte 4


4. Por que devo perdoar o meu irmão?

Por incrível que pareça, essa é uma pergunta muito comum no meio evangélico. Principalmente por existir muitos irmãos que não falam uns com os outros. Mas isso não é novo, Paulo mesmo enfrentou isso, e tentou apaziguar um caso desses: “O que eu rogo a Evódia e também a Síntique é que vivam em harmonia no Senhor” (Fp 4.2)

O motivo do perdão ao meu irmão é o perdão que recebo de Deus “Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou. Acima de tudo, porém, revistam-se do amor, que é o elo perfeito.” (Cl 3.13). O alvo é que possamos estar vinculados uns aos outros pelo amor, que é o elo perfeito.

Quantas vezes devo perdoar o meu irmão? 70 vezes 7, foi a resposta que ouvi, quando preguei sobre esse assunto. Não apenas 490 vezes, mas toda vez. Foi isso que o Senhor Jesus quis dizer quando deu essa resposta a Pedro (Mt 18.21-22). Toda vez que o meu irmão errar comigo devo perdoá-lo.

O que precisa ser desmistificado é a celebre frase: eu tenho que sentir para perdoar, se não, serei um hipócrita. A bíblia não fala, em lugar nenhum, que devemos ter algum sentimento específico para perdoar. Ela fala do amor, mas esse não vem de nós, vem de Deus (1Jo 4.7-8). A bíblia fala de ordem, de obediência e não de sentimento: “perdoem-se”. Não é um pedido, nem um apelo, é uma ordem.

Isso me lembra da história de uma mulher e a sua sogra:

Uma certa mulher morava com sua sogra. Elas não conseguiam se entender de jeito nenhum. Por isso, ela procurou um sábio de sua cidade, e pediu para que ele lhe desse um veneno, para que ela matasse a sogra, pois não a aguentava mais.

O sábio saiu, e voltou com um pequeno frasco nas mãos, e disse:

- Ponha um pouco desse veneno todo dia na comida da sua sogra. Mas, cuidado! Trate-a bem, fazendo a comida preferida dela e etc., para que ninguém desconfie de você.

No dia seguinte ela começou seu plano. De principio a sogra estranhou, mas por incrível que pareça, depois de um tempo começaram a se dar bem.

Seis meses depois a mulher volta, desesperada, ao sábio perguntando como ela poderia desfazer o processo de morte da sogra, porque agora elas se amavam.

O sábio olha para ela e diz:

- Não se preocupe, o que eu te dei era só um frasco de tempero, o que eu queria te mostrar é que Deus pode restaurar o seu relacionamento com sua sogra, só precisava que alguém obedecesse.

Por que é tão difícil perdoar o meu irmão? Vou sugerir duas respostas para essa pergunta:

1. Porque me valorizo de mais – me acho tão certo, que, para mim, é um absurdo a pessoa ter errado comigo: “ela não poderia ter feito isso comigo, eu nunca faria com ela o que ela fez comigo”. A bíblia nos aconselha a não termos um elevado conceito sobre nós mesmos “Ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, ao contrario, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu.” (Rm 12.3)

2. Porque ainda não entendi o perdão de Deus – Quando não consigo alcançar o quão pecador sou e quão amoroso Deus é em me perdoar, tenho dificuldade em ter essa mesma atitude com o meu irmão “Deus, que é rico em misericórdia, , pelo grande amor com que nos amou, deu-nos vida com Cristo, quando ainda estávamos mortos em transgressões – pela graça vocês são salvos.” (Ef 2.4)

Que possamos entender o perdão de Deus por nós, e, tendo esse perdão como base, perdoarmos nossos irmãos.


Por seu Reino de perdão.

Rodrigo Rezende

5 perguntas sobre o perdao - Parte 3


3. Será que eu preciso me perdoar?

Você precisa se perdoar, essa é uma frase que escutamos corriqueiramente, mas será que essa frase é verdadeira? Talvez você não saiba, mas não existe nem meio versículo que fala sobre se perdoar. Tem aqueles versículos que falam sobre perdoar ao próximo, outros que falam sobre o perdão de Deus por nós, mas nenhum que fala sobre se perdoar.

Pela frequência com que ouvimos essa frase, era de se esperar que existisse pelo menos um versículo falando sobre o assunto, mas não existe nada, a bíblia não fala em momento nenhum sobre se perdoar; porque essa não é uma afirmação verdadeira. Ninguém precisa se perdoar, precisamos sim, aceitar o perdão de Deus.

Vamos refletir sobre o assunto. Para acontecer o perdão, é necessário ter um ofensor e um ofendido. Como uma pessoa pode ser ao mesmo tempo, o ofensor e o ofendido? Só se ela tiver dupla personalidade (se é que isso existe). Como no caso do “Smigol” personagem da trilogia O Senhor dos Anéis.

Acredito que a expressão correta é: preciso aceitar o perdão de Deus na minha vida.

Geralmente, quando se fala em perdoar a si mesmo, é porque existem coisas na vida da pessoa que ainda o acusam, que ainda o assombram. É importante lembrarmos que satanás é o acusador (Ap 12.10), é ele que está preocupado, e trabalhando, para que continuemos nos sentindo acusados por pecados que, arrependidos, confessamos.

Deus não se lembra mais dos nossos pecados “Quem é comparável a ti, ó Deus, que perdoas o pecado e esqueces a transgressão do remanescente da sua herança? Tu, que não permaneces irado para sempre, mas tens prazer em mostrar amor. De novo terás compaixão nós; pisará as nossas maldades e atirarás todas as nossos pecados nas profundezas do mar.” (Mq 7.18-19)

Deus não se lembra, mas eu me lembro, e faço questão de carregar esse fardo, pagar esse preço. Isso me traz a memória a história da velha e o saco:

Um homem viajando de carroça oferece carona a uma senhora bem idosa que viajava à pé, carregando nas costas um pesado saco. A mulher agradece imensamente o favor, sobe na carroça, mas, mantém o saco nas costas. Então, o homem lhe diz: - Senhora, coloque o saco ali, naquele canto da carroça. A mulher, não querendo incomodar, responde: Moço, o senhor já está me ajudando tanto me dando carona, imagina seu eu vou abusar da sua bondade? Deixe que eu mesma levo o saco.

Todo pecado é, primeiramente, cometido contra Deus. E Deus já nos perdoou, não porque somos bonzinhos, mas porque “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.” (1Jo 4.10)

Quando confessamos os nossos pecados, somos declarados puros “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1Jo 1.9)

Então, pare de querer se perdoar e aceite o perdão de Deus na sua vida. Pare de ser assombrado por erros passados; porque você pode até se lembrar do que fez, mas, se você pediu perdão de coração, Deus não se lembra mais.

Aceite o perdão de Deus, não porque você merecesse, mas porque ele quis nos perdoar, enviando seu Filho para pagar o preço.

Por seu Reino de justiça e aceitação.

Rodrigo Rezende

5 perguntas sobre o perdao - Parte 2


2. Como sou perdoado?

Pedindo perdão, seria a resposta de muitos. Mas o que foi feito para que o Senhor aceitasse o meu perdão? Se não existe nada em mim que o agrada, como a sua ira foi apaziguada?

Vamos voltar ao Antigo Testamento. Como acontecia o perdão dos pecados no Antigo Testamento? Através do sacrifício de um animal, alguém precisava pagar com a vida, e sobrava para o pobre animalzinho.

Mas será que só o sacrifício perdoava o indivíduo? Acredito que não. Deixa eu explicar, o sacrifício sem arrependimento não perdoava ninguém, o sacrifício sem a esperança no que o sacrifício significava não adiantava, era vazio.

Olha o que Samuel disse a Saul: “Acaso tem o Senhor tanto prazer em holocaustos e em sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? A obediência é melhor que o sacrifício, e a submissão é melhor que a gordura de carneiros” (1Sm 15.22). E olha que o Senhor Jesus disse aos fariseus: “Vão aprender o que significa isto: Desejo misericórdia, não sacrifício. Pois eu não vim chamar justos, mas pecadores.” (Mt 9.13).

Cristo é o cordeiro definitivo que pagou a divida de uma vez por todas (Jo 1.29), ele é a propiciação definitiva pelos nossos pecados “Deus o ofereceu como sacrifício para propiciação mediante a fé, pelo seu sangue, demonstrando a sua justiça.” (Rm 3.25)

Mas o que é propiciação? Literalmente, a ideia da propiciação é de aplacar ou acalmar a ira de Deus. Ele mesmo providenciou uma maneira de apaziguar a sua ira, e essa maneira se chama Cristo Jesus, o filho de Deus, o cordeiro imaculado. Por que foi necessário Cristo morrer? Porque “sem derramamento de sangue não há perdão.” (Hb 9.21).

Se Cristo morreu para apaziguar a ira de Deus significa que Deus é um Deus irado, mas isso não vai contra o fato de que ele é amor? Claro que não. A ira e o amor de Deus funcionam em perfeita harmonia. Vou dar um exemplo: Você ama os bebês? Se você ama os bebês, você odeia o aborto. Você ama os judeus? Se sim, você vai odiar o holocausto. Você ama os negros? Se sim, você vai odiar a escravidão. Se Deus ama a justiça vai odiar o pecado.

João nos mostra o amor e a ira de Deus funcionando juntos “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.” (1Jo 4.10). Ele tanto é amor que providenciou uma maneira de apaziguar a sua ira. É como se com uma mão ele segurasse sua ira e com a outra chamasse os pecadores ao arrependimento.

Essa afirmação não deveria gerar em mim estranheza, mas sim alegria, em saber que sirvo um Deus justo, e que esse Deus justo me ama ao ponto de sacrificar o próprio filho para restaurar o relacionamento comigo.

Será que temos nos alegrado constantemente no perdão que temos em Cristo Jesus? Será que temos vivido vidas de gratidão a ele, por ter morrido para apaziguar uma ira que não era contra ele, mas contra nós?

Que vivamos vidas agradecidas a Cristo. Não querendo pagar o que não se pode pagar, mas aceitando o que já foi pago.

Por seu Reino de perdão!

Rodrigo Rezende

5 perguntas sobre o perdao - Parte 1

1. Do que preciso ser perdoado?

Essa é uma pergunta simples, mas que na maioria das vezes não consegue ser respondida facilmente. Faça o teste, pergunte a alguém na sua igreja do que ela foi perdoada e veja o que ela vai responder. Provavelmente responderá dos seus pecados. É claro que fomos perdoados do nosso pecado, mas será que é só isso?

Eu não fui só perdoado dos meus pecados eu fui perdoado do simples fato de existir, de respirar sendo o pecador que sou. Você não entende isso? Talvez porque ainda não conhece quem você é de verdade. Bom, vamos começar do começo.

Adão, nosso pai, nosso representante, se rebelou contra Deus, pecou e assim quebrou o relacionamento que existia entre Deus e o homem. Não foi simplesmente uma quebra de relacionamento, como se Deus dissesse: estou de mal e não quero mais falar com você. A entrada do pecado em sua vida despertou a ira que existe em Deus.

Por muitas vezes eu usei a frase: Deus odeia o pecado, mas ama o pecador. Deus ama o pecador sim, mas o odeia quando este comete algum pecado “Os arrogantes não são aceitos na tua presença; odeias todos os que praticam o mal.” (Sl 5.5). Deus é santo e todo pecado se torna uma ofensa ao seu caráter santo. “Portanto, a ira de Deus é revelada dos céus contra toda impiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade pela injustiça.” (Rm 1.18). Todo pecado é primeiramente cometido contra Deus.

Como a Palavra de Deus diz que não há nenhum justo, nem um sequer” (Rm 3.10), o simples fato da minha existência já é uma ofensa contra Deus. Eu preciso ser perdoado por existir.

Também preciso ser perdoado da minha maneira vazia de viver “Pois vocês sabem que não foi por meio de coisas perecíveis como prata ou ouro que vocês foram redimidos da sua maneira vazia de viver, transmitida por seus antepassados.” (1Pe 1.18). Como existem vidas vazias, vazias de Deus, vazias de sentido, buscando com todas as forças ter coisas na tentativa de preencher esse vazio. Existem pessoas vazias nas igrejas também, "justificadas" por frequentar culto, dar o dízimo ou ter o nome num rol de membros.

Por muito tempo eu dizia ser pecador, mas não me arrependia de nada, dizia a Deus: perdoa os meus pecados, mas isso não me trazia dor, choro, vergonha, meu coração já estava cauterizado, eu não lutava contra isso.


Deus quer restaurar esse relacionamento, Deus quer se relacionar com pecadores, mas pecadores arrependidos, pecadores humilhados, conscientes da sua pequenez diante da grandeza de Deus.

Será que consigo entender que o fato de respirar já é uma ofensa a Deus e que careço constantemente do seu perdão? E que não posso fazer nada para merecer tal perdão?

Qual foi a última vez que você entrou no quarto, em secreto, e chorou com o Pai pedindo perdão, por algum pecado que cometeu?

Qual foi a última vez que, a noite na hora de dormir, você agradeceu a Deus porque naquele dia você conseguiu vencer algum pecado que é sua luta pessoal? Ou será que você não tem nenhum?

Que vivamos nesse reino de amor e perdão, sabendo que o simples fato de existir é porque fomos perdoados através da graça de Deus nas nossas vidas.

Continua...

Por seu Reino e seu Rei que é perdão.

Rodrigo Rezende

O filho prodigo



Eu recebi esse vídeo de um amigo pelo facebook e achei sensacional, espero que você seja tão impactado pelas verdades cantadas e pelas ilustrações bem feitas, como eu fui.


Por seu Reino!

Rodrigo Rezende


O que aprendi na Fiel

Durante os dias 3 a 7 de outubro aconteceu em Águas de Lindóia a Conferência Fiel 2011. Além de rever muitos amigos, alguns que não via há muito tempo, tive a oportunidade de aprender mais do Senhor e de mim mesmo. Então aqui estão algumas coisas que pude aprender:

1. Como o meu coração é idólatra – Eu já sabia disso, mas tinha me esquecido, foi preciso o Senhor me relembrar. Essa foi a primeira vez que fui à Conferência Fiel, e fui por causa do John Piper. E Deus revelou a minha idolatria, me mostrando que ele é homem, e me mostrando que existem muitos outros homens espalhados na terra que são usados por Deus para falar ao nosso coração. E Deus usou o irmão Stuart Olyott para me mostrar isso. Um senhorzinho do país de Gales, para mim desconhecido, mas não para Deus. Como Deus usou esse homem para falar ao meu coração idólatra.

2. A satisfação em Deus – Em sua última pregação John Piper falou sobre a base da nossa alegria, ou da nossa satisfação. E eu pude perceber que muitas vezes ou na maioria esmagadora das vezes o que estava na base da minha satisfação era eu mesmo. Se fosse fazendo perguntas do porque me sinto alegre com algo, no fundo percebia que eram as minhas vontades. Saí da conferência com o desejo de que Deus seja a minha total satisfação. Então as circunstâncias virão, mas não me abalarão, porque a minha alegria e satisfação estão na rocha que é o Senhor.

3. Necessidade da oração – Em uma de suas palavras sobre Jonas, Stuart Olyott falou da necessidade da oração. Jonas esperou estar no ventre de um peixe para conversar com o Senhor. Será que vou ter que esperar que alguma coisa assim aconteça comigo para que eu me relacione com o Senhor através da oração? Preciso orar mais, não por obrigação, mas por amor, por necessidade, porque sem ele eu não sou nada.

4. Confiança na soberania de Deus – O Dr. Agustus Nicodemos explicou com extrema perspicácia Romanos 9 e 10, uma exegese maravilhosamente explicada e extremamente prática sobre a confiança na soberania de Deus. As vezes falamos que entendemos e confiamos na soberania de Deus, mas quando a coisa aperta vem a desconfiança, ansiedade e tantas outras coisas que revelam a nossa falta de confiança na soberania de Deus.

5. Reaprendi a louvar com hinos – Quem me conhece sabe que eu gosto muito de música e que não sou muito fã de hinos, nada contra os hinos e muito menos contra quem gosta só que eu não sou muito fã. Lá na conferência só tinha hino, e eu reaprendi que isso também é louvor e que Deus se agrada, mesmo que eu não me agrade muito. E que a maioria dos irmãos estava achando ótimo e que eu poderia abrir mão do que eu gosto em prol dos meus irmãos.

A verdade é que devemos estar preparados para aprender com tudo e todos, aproveitar as oportunidades que Deus coloca na nossa vida para aprender mais dele, aprender a remir os dias porque existe muita coisa a aprender.

Mas principalmente precisamos estar preocupados em praticar tudo aquilo que aprendemos, porque já sabemos muitas coisas que não praticamos, se não só acumularemos conhecimento.


Por seu Reino.

Rodrigo Rezende