O discurso do rei


Era uma vez, num reino muito distante, existia um lindo menino que futuramente série o herdeiro de todo o reino, pois seu pai era o rei. Quando tinha 3 anos, um rei muito malvado invadiu o seu reino e matou o seu pai. Então, esse menino foi mandado para a corte do imperador.

Na corte do imperador, esse menino conheceu muitas pessoas importantes inclusive um que se tornaria o futuro imperador.

E enquanto estava nessa corte, já um jovem agora, se entregou a uma vida dissoluta, gastando todo o dinheiro que sua mãe lhe deixara na busca desenfreada por prazeres exóticos.

Perseguido por agiotas, de quem tomara muito dinheiro emprestado, viu-se obrigado a deixar a corte. Ele e sua esposa foram se refugiar na casa de sua irmã. Mas sua irmã e seu marido não o receberam muito bem. O seu cunhado lhe deu um emprego mais um menos, em um lugar muito ruim.

Ele, então decidiu voltar para a corte. Chegando lá caiu nas graças da mãe do imperador que lhe emprestou dinheiro para pagar todas as suas dividas.

As coisas estavam caminhando bem, até que uma conversa descuidada em uma carruagem custou-lhe seis meses de liberdade. Ele comentou com o futuro imperador que seria bom que o imperador atual não demorasse em morrer, para que ele assumisse logo o trono. O cocheiro escutou e repassou para o imperador.

Seis meses mais tarde o imperador morre, e o seu grande amigo assume o trono. Este por compensação nomeou-o rei dos territórios que tinham sido de seu tio.

Ele se esforçou para ganhar a simpatia do povo, reduziu os impostos, fez doações generosas às religiões e até matou para agradar os religiosos do seu reino.

Mas, alguns anos mais tarde, ele entrou em desacordo com duas cidades que não estavam sob o seu comando, e parou de fazer comércio com essas cidades. Essas cidades dependiam do trigo que vinha das terras do rei, por isso, começaram a passar grandes necessidades.

Então decidiram montar uma comitiva para tentar ganhar o favor do rei. Primeiro eles conseguiram convencer o camareiro do rei que interviu diante do rei por eles.

Naquele ano iriam acontecer os jogos quadrienais em honra ao imperador, então o rei decidiu que durante os jogos ele selaria a paz com essas duas cidades.

Num determinado dia ele colocou suas vestes reais, essas vestes tinham detalhes em prata que refletiam o sol causando um efeito inebriante, sentou em seu trono e começou a discursar para a comitiva e para outras pessoas que estavam ali para os jogos.

Durante o seu discurso, os puxa-sacos e bajuladores de plantão, começaram a exaltá-lo e a dizer “é voz de Deus e não de homem”. Ele se encheu de orgulho e aceitou essas palavras que não deveriam ser direcionadas a ele, mas somente a Deus.

Naquele momento, ele viu um anjo, e começou a sentir fortes dores estomacais, vindo a falecer cinco dias mais tarde comido por vermes. Alguns acreditam que foi uma apendicite, mas o mais provável é que tenha sido um cisto causado por uma solitária.

Esse conto não é de fadas, aconteceu por volta do ano 44 d.C. O rei não era George VI, muito menos o Colin Firth, ele se chamava Herodes Agripa. O homem que ele matou para agradar os religiosos era o discípulo Tiago, e por não dar glória a Deus morreu comido de bicho.

Essa história tem sido contada como forma de amedrontar as pessoas para não pecarem, mas a realidade é que todos nós vamos morrer e ser comidos por vermes, pelo menos o nosso corpo, e é lógico que não com vida como foi com Herodes.

Essa história não serve para intimidar a não pecar, mas para entender que a honra e a glória é de Deus, e que não devemos aceitar aquilo que não é nosso. Aceitar o que não é nosso é roubo.

Que na nossa vida entendamos que não se não fosse o Senhor não seriamos nada, e que toda honra e glória são dele e não nossa.

Por seu Reino.


Rodrigo Rezende

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