O show de Truman e a Religiosidade


Mês passado eu estava passando os canais na televisão e me deparei com esse filme “O Show de Truman”. O show de Truman é um filme de 1998, eu o assisti na época do lançamento e depois nunca mais tinha visto (isso prova que estou ficando velho).

O filme conta a história de um homem Truman Burbank, que desde o seu nascimento foi filmado em um reality show sem saber. Depois de um certo tempo ele começa a desconfiar e tenta sair da cidade fictícia “Seahaven”, um cenário criado dentro de um enorme domo e povoada pelos atores e a equipe do programa.

Truman, mesmo traumatizado pelo mar, entra em um veleiro e vai navegando tentando sair daquela cidade. O produtor do show Cristof tenta de tudo para impedi-lo, mas sem sucesso. Até que ele chega ai final do domo e bate numa parede. Então, começa a caminhar até achar uma porta.

Quando ele vai sair da cidade o produtor fala com ele que a realidade era muito dura e que nada se comparava com aquela cidade que ele tinha construído especificamente para ele, e que ele não teria coragem de sair pela porta. E o filme termina com ele saindo.

Fiquei emocionado ao rever esse filme. Não por causa do filme em si, mas porque no mesmo momento surgiu em minha mente uma comparação com o filme, o mundo fictício criado pela religiosidade.

A religiosidade é o homem tentando se aproximar de Deus e o evangelho é Deus se aproximando do homem. A primeira vista pode parecer a mesma coisa, mas são duas coisas totalmente diferentes, na verdade totalmente opostas.

A religiosidade cria para o homem um mundo totalmente volta para ele, como era o de Truman. Isso gera um falso sentimento de segurança. Segurança por ter o nome no rol de membros, por dar o dizimo, por participar dos cultos, ir a E.B.D., ou seja, estou fazendo a minha parte.

Mas o evangelho não está vinculado a essas coisas, você pode continuar fazendo tudo isso, mas não para ganhar pontos com Deus, ou se sentir seguro, mas em gratidão por tudo que Deus fez e pela graça dele na sua vida.

O pior é que muitos até chegam até a porta de saída da religiosidade, mas quando ouvem a voz falando sobre a segurança que a religiosidade trás, não têm coragem de atravessá-la. Principalmente por não entenderem como viver pela graça. Têm medo do desconhecido, do viver sem ser baseado no mérito próprio.

Que a igreja se levante, e confiante na graça do Senhor Jesus, possa atravessar as portas da escravidão da religiosidade para liberdade da graça. Graça essa que nos impulsiona a uma vida de santidade e gratidão.

“Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie.” (Ef 2.8-9)


Por seu Reino de graça!

Rodrigo Rezende

Um comentario

  1. Ótima análise. Deus abençoe!

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