3. Você será apedrejado!



Por David Wilkerson
Continuação de "O preço de se ir com Deus até o fim!"

Você será apedrejado pela maioria! “E apedrejavam Estêvão, que invocava e dizia: Senhor Jesus recebe o meu espírito” (Atos 7:59). Quem apedrejou Estêvão? O mais prestigioso conselho religioso na época! “...o arrebataram, levando-o ao Sinédrio...” (Atos 6:12). Era um homem contra uma multidão!

Ali estava um homem “com os seus olhos fixos em Jesus!” No entanto, ele era odiado. Ouça o ódio desses homens do clero, desses religiosos fanáticos: “rilhavam os dentes contra ele” (Atos 7:54). “...taparam os ouvidos e, unânimes, arremeteram contra ele” (vers. 57). Por que um homem justo como este irava tanto as multidões religiosas? Ele pregava a verdade que golpeava seus corações. “Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e de ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim como fizeram os vossos pais, assim vós o fazeis” (vers.51). “vós que recebestes a lei...não a guardastes (vers. 53). Ele tinha de pregar a verdade! Seus inquisidores tinham corações que ainda se apegavam às coisas do mundo – presos pela concupiscência. Eles sabiam o que dizia a lei de Deus, mas recusavam-se a obedecer. Crucificaram a Cristo.

A espada de dois gumes, da verdade, havia penetrado fundo no coração daquela gente. Mas foi o testemunho de Estevão acerca da visão do céu aberto que trouxe a ira sobre si: “ Mas Estevão, cheio do Espírito Santo, fitou os olhos no céu e viu a glória de Deus e Jesus, que estava à sua direita, e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do homem, em pé à destra de Deus. Eles, porém, clamando em alta voz, taparam os ouvidos e, unânimes, arremeteram contra ele. E, lançando-o fora da cidade, o apedrejaram” (Atos 7:55-58)

Estevão expôs a ambigüidade, a dupla disposição de espírito! “Naqueles dias, fizeram um bezerro e ofereceram sacrifício ao ídolo, alegrando-se com as obras das suas mãos. Mas Deus se afastou e os entregou ao culto da milícia celestial, como está escrito no livro dos profetas: ó casa de Israel, porventura, me oferecestes vítimas e sacrifícios no deserto, pelo espaço de quarenta anos, e acaso não levantastes o tabernáculo de Moloque e a estrela do deus Renfã, figuras que fizestes para as adorar? Por isso, vos desterrarei para além da Babilônia” (Atos 7:41-43).

Na era da graça em que estamos, se você olhar para uma mulher cobiçando-a, aos olhos de Deus já cometeu adultério. Se você odeia, você é homicida. Assim, quando palavras cruéis são lançadas sobre você por estar andando sempre com Deus, você está sendo apedrejado! “Os lábios do insensato entram na contenda, e por açoites brada a sua boca...as palavras do maldizente são doces bocados que descem para o mais interior do ventre” (Provérbios 18:6,8). “os quais afiam a língua como espada e apontam, quais flechas, palavras amargas” (Salmos 64:3).

Jesus ensinou uma parábola do chefe de família que possuía uma vinha e procurou frutos no tempo da colheita. Ele enviou seus servos. “E os lavradores, agarrando os servos, espancaram a um, mataram a outro e a outro apedrejaram” (Mateus 21:35). Assim é hoje! Deus envia seus santos vigias para recolherem o fruto de sua vinha. Mas ao invés de colheita, há espancamento verbal, matança com ódio, apedrejamento com palavras afiadas.

Temos hoje uma “Companhia de Estevão” que pode dizer: “Vejo os céus abertos!” É esta clara visão de Jesus – esta palavra cortante da verdade – que evoca a ira destes incircuncisos de coração! Os israelitas tentaram apedrejar a Josué e a Calebe por terem sido chamados para irem até o fim. Dez espias desencorajaram o povo de Deus, dizendo “Não poderemos ir até o fim. Há muitos gigantes. Muitas muralhas!” “Então, Calebe fez calar o povo perante Moisés e disse: Eia! Subamos e possuamos a terra, porque, certamente, prevaleceremos contra ela” (Números 13:30). Mas eles disseram: “Levantemos um capitão e voltemos para o Egito” (Números 14:4). “ E Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, dentre os que espiaram a terra, rasgaram as suas vestes e falaram a toda a congregação dos filhos de Israel, dizendo: A terra pelo meio da qual passamos a espiar é terra muitíssimo boa. Se o Senhor se agradar de nós, então, nos fará entrar nessa terra e no-la dará, terra que mana leite e mel. Tão somente não sejais rebeldes contra o Senhor e não temais o povo dessa terra, porquanto, como pão, os podemos devorar; retirou-se deles o seu amparo; o Senhor é conosco; não os temais. Apesar disso, toda a congregação disse que os apedrejassem; porém a glória do Senhor apareceu na tenda da congregação a todos os filhos de Israel” (Números 14:6-10)

Minha preocupação nesta história não é por Josué e Calebe, pois Deus estava com eles. Minha preocupação é pelo povo de Deus rangendo seus dentes e pegando pedras! Por que um chamado à obediência provocaria neles tal reação? Examine o chamado! Estou convencido de que uma vez estando o coração preso a um ídolo ou à lascívia, a incredulidade se instala. Concessões e incredulidade andam de mãos dadas. Assim, toda pregação contra a transigência irrita as pessoas com este tipo de comportamento, e elas acabam lutando contra Deus, enquanto cegamente confessam Seu nome.

Continua...

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