Esses dias eu estava pensando em quantas coisas estranhas nós fazemos. Uma é dizer que vamos à igreja, transformamos a igreja num lugar e não mais nas pessoas. Outra é culto evangelístico, o que deveria ser a nossa rotina se torna um evento, não sou contra só acho estranho. E poderia citar muitas outras coisas como unção do leão, teologia da prosperidade e etc.
Nós começamos a nos acostumar tanto com essas coisas estranhas que pouco a pouco elas estão passando a ser normais. Quando pensamos em avivamento a primeira coisa que vem a mente são línguas, sinais, milagres e curas. Nada contra essas coisas, são todas muito boas, mas e se avivamento fosse muito mais uma volta à normalidade do que línguas, sinais e etc.?
Deixa eu explicar. Quando Deus criou o homem tinha um propósito em mente, esse propósito era o de ter uma grande família de muitos filhos que experimentavam e refletiam a glória de Deus no mundo. Esse propósito não foi frustrado com o pecado, pois “nenhuma dos teus planos pode ser frustrado.” (Jó 42.2).
Quando Deus criou Adão o criou inocente. O homem era a cora da criação, a glória revelada, a imagem e semelhança de Deus. E colocou diante dele duas escolhas representadas por duas árvores. A primeira era a árvore da vida que simbolizava o controle de Deus sobre o homem, a continuidade do propósito eterno da família de Deus.
A segunda árvore era a do conhecimento do bem e do mal. O conhecimento do bem e do mal em si não é ruim, mas para o homem significava a rebelião, era o afastamento de Deus e o seu auto-reconhecimento como capaz de tomar as suas próprias decisões. Como ele era inocente não sabia quais decisões tomar e por isso sempre recorria a Deus para que dissesse qual seria a decisão a ser tomada. Ao comer dessa árvore ele queria ser autossuficiente, capaz de tomar suas próprias decisões sem precisar recorrer a Deus.
Todos conhecemos o final dessa história, ele comeu o fruto e o pecado entrou no mundo. Mas não parou por ai, depois de anunciar a sentença de cada um envolvido, a serpente, a mulher e o homem, ele cuidou do homem e da mulher “O Senhor Deus fez roupas de pele e com elas vestiu Adão e sua mulher” (Gn 3.21). No sacrificar esse animal para tirar as peles Deus estava anunciando a restauração da normalidade, a continuidade do seu propósito, através do sacrifício de Cristo.
“Assim como uma só transgressão resultou na condenação de todos os homens, assim também um só ato de justiça resultou na justificação que traz vida a todos os homens.” (Rm 5.18). Um ato de Adão fez com o que o pecado atingisse toda humanidade, e um ato de justiça, do segundo Adão, Jesus, fez com que a restauração, a possibilidade da adoção se estendesse a todos. Não por nenhum mérito nosso, mas “porque ele nos amou primeiro” (1Jo 4.19)
Jesus veio para deixar de ser unigênito (Jo 3.16) e se tornar primogênito de muitos irmãos (Rm 8.29). “Pois vocês não receberam um espírito que os escravize para novamente temerem, mas receberam o Espírito que os adota como filhos, por meio do qual clamamos: Aba, Pai. O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8.15-16)
Já que somos filhos de Deus somos dependentes dele. Assim podemos voltar a normalidade do plano de Deus que é uma vida totalmente dependente dele. Uma vida normal onde o marido ama a sua mulher como Cristo ama a igreja, que a mulher é submissa ao seu marido como a igreja é a Cristo. Onde filhos respeitam os pais, onde pais amam e não irritam seus filhos. Onde nos tornamos os empregados que Deus espera que sejamos e os patrões que Deus espera que sejamos. Onde não há mais necessidade de cultos ou eventos evangelísticos porque isso acontece normalmente todos os dias.
As outras coisas, línguas, sinais, maravilhas, curas e etc. acontecerão quando for a vontade de Deus e para aqueles que estão restaurados e redimidos à normalidade do seu propósito.
Vamos deixar as coisas estranhas e voltar a normalidade do propósito de Deus.
Pela normalidade do seu Reino.
Rodrigo Rezende
È um ponto de vista interessante! Mas ser Normal não é o mesmo que estar e estar dentro de uma norma ou uma regra? Obviamente o plano original não foi frustrado!, Porém creio que o padrão de normalidade sim! Até a queda do homem era normal que ele não cometesse pecado,porém após a queda era normal ao homem o pecado,este agora fazia parte da própria natureza humana. A Norma apartir da queda é que todo homem pecaria, o por isso sofreria a morte. Através da Graça Deus Justifica o homem não o retira da condição de pecador. Romanos 3:23 “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;” Rm 5.12: "Portanto, assim como por um só homem en¬trou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram". A norma agora é que tudo homem é pecador. Essa condição pode ser totalmente revertida antes que Cristo venha buscar sua igreja! Não acho estranho um culto evangelístico, acho estranho um culto onde se prega prosperidade desvinculada de vida santificada! O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia. (Provérbios 28 : 13)Muito menos uma campanha evangelística como as Trans, promovidas pela JMN, ou estamos esperamos que os viciados em Crack venham aos nosso núcleos de comunhão nos lares? Ou como vamos discípula-los sem estrutura necessária para tratar suas enfermidades?Dizer que a igreja podera alcançar eassa pessoas sem esses recursos, eu diria que é uma visão excessivamente romanceada e até mesmo utópica! Uma boa estratégia evangelística somada a uma vida sendo tratada pelo espírito de Deus,é o mais poderoso método evangelístico que pode existir! Nós somos a Igreja,vamos nos reunir em nossas casas!! Benção!!! esse negócio de construir templo da uma dor de cabeça danada rsrsrs,mas discipular um visinho é benção um colega de trabalho ou escola também! Mas quem vai querer discipular um morador de rua? estamos dispostos, a trazer pra nossas casas aqueles que talvez jamais entrem em um templo? Se não! E melhor ser anormal.
Não estou refutando o texto, mesmo por que concordo com muita coisa escrita aqui, mas mudança de mentalidade leva tempo, ea pregação do evangélho é urgente! Como disse é apenas pondo outro ponto de vista.
Pr.Artur de Azevedo Costa PIB em São Cristóvão
Concordo com seu ponto de vista, hoje passamos por grandes problemas, mais do que em qualquer outra época, infelizmente o comodismo tomou conta das igrejas, as pessoas não mais querem sair para levar a mensagem da cruz de Cristo, já deixamos de ser pregadores de boas novas para sermos "aquecedores de bancos", é triste olharmos para essa realidade. mas enfim, é a "modernidade", nos mal acostumamos com as facilidades que a vida nos oferece, infelizmente muitos de nós optamos por deixar o trabalho da pregação do evangelho para os pastores que o fazem na TV, não que isso seja errado! de forma alguma, mas é que nos acomodamos com isso e nos esquecemos que o evangelismo pessoal é extremamente importante! enfim, estamos no seculo XXI, seculo das facilidades, seculo do comodismo, seculo do sedentarismo cristão.
Que Deus nos ajude!