15 TESES SOBRE A VERDADEIRA IGREJA - 5


5. Primeiro a igreja tem de encolher, antes que possa crescer.

Vivemos em uma época de coisas MEGA. Mega shopping, Mega eventos, Mega store e etc. Temos a pré disposição de achar que o maior é melhor, e por algumas vezes realmente é. E com essa mesma mentalidade entendemos a igreja de Cristo. Os pastores mais badalados são os das mega-igrejas, os livros mais lidos são aqueles em que o pastor mostra como a sua igreja cresceu. E então, chegam os vários modelos que conhecemos com seus ícones: Rick Warren – Igreja com propósitos; Bill Hybels – Rede ministerial; David (Paul) Yonggi Cho – Igreja na Coréia (A quarta dimensão); César Castellanos – G12; Márcio Valadão – Igreja da Lagoinha. Não estou criticando os modelos, mas será que a nossa visão não está um pouco distorcida? Será que não precisamos repensar a igreja de Cristo?

A maioria das igrejas cristãs simplesmente são grandes demais para realmente proporcionar espaço para comunhão. As comunidades eclesiais do Novo Testamento eram invariavelmente grupos pequenos, com cerca de 15 a 20 pessoas. Elas se desenvolviam em um ambiente familiar, por isso entendiam as casas como o melhor lugar dessa família (igreja) se desenvolver “Saúdem Priscila e Áquila, meus colaboradores em Cristo Jesus... Saúdem também a igreja que se reúne na casa deles” (Rm 16.3-5); “Saúdem os irmãos de Laodicéia, bem como Ninfa e a igreja que se reúne em sua casa.” (Cl 4.15); “... a você Filemom, nosso amado cooperador, à irmã Áfia, a Arquipo, nosso companheiro de lutas, e à igreja que se reúne com você em sua casa” (Fl 1-2).

O crescimento da igreja não acontecia para cima lotando catedrais, mas para os lados pelo crescimento multiplicativo de amplitude. A igreja primitiva entendia que fruto não era simplesmente um novo convertido, mas fruto era uma nova igreja. As igrejas nos lares se subdividiam quando atingiam o limite orgânico de cerca de 15 a 20 pessoas. Para os primeiros cristãos existia uma igreja só na cidade, a igreja de Cristo em Éfeso, Corinto, Colossos e etc. “à igreja de Deus que está em Corinto...” (1Co 1.2); “Paulo, Silvano e Timóteo à igreja dos tessalonicenses, em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo” (1Ts 1.1); “Depois que esta carta for lida entre vocês, façam que também seja lida na igreja dos laodicenses, e que vocês [colossenses] igualmente leiam a carta de Laodicéia” (Cl 4.16).

Esse crescimento multiplicativo pela base possibilitou aos cristãos que também se congregassem para reuniões celebrativas que atingiam a cidade toda “Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração” (At 2.46); Assim, se TODA igreja se reunir e todos falarem em línguas, e entrarem alguns não instruídos ou descrentes, não dirão que vocês estão loucos?” (1Co 14.23). Eles se reuniam de casa em casa e também em reuniões maiores, que aconteciam com menos freqüência, para celebrar com toda igreja que se reunia na cidade.

Por isso, entendo que a igreja em nossos dias precisa primeiro encolher para depois crescer. Isso é tão natural que um enorme número de igrejas tem criado células, pequenos grupos, grupo de comunhão, seja lá qual for o nome, a única diferença é que nesse sistema as células não são entendidas como igrejas, como acontecia na igreja primitiva.

Para a maioria das igrejas significará uma libertação o fato de finalmente poderem ser o que muitas já são numericamente: igrejas nos lares. Não seria muito mais prático orientar-se na direção contrária e tornar-se menores, formar algumas igrejas nos lares e “crescer para baixo”, ao invés de se debater durante anos para crescer em tamanho? Dessa maneira a igreja poderia tornar-se não maior, mas mais numerosa – e exatamente assim atingir, no final das contas, o seu verdadeiro alvo, porque assim mais pessoas poderão ser integradas na igreja.

“A igreja tem de se tornar menor, antes que possa tornar-se significativamente mais forte” Elton Trueblood.

Um comentario

  1. Anônimo says:

    Pois é e com úmero menor de pessoas não consiguimos desviar tato nossa visão para o erro dos irmãos...coseguimos ver mais facilmente a ecessidade dos próximo e ajudá-lo assim.

    Débora Haifa

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