Acredito que eu esteja
desatualizado, mas só ontem fiquei sabendo da existência de um sindicato de pastores. Deus me levou a uma reunião onde eu pude conhecer alguns homens e mulheres de Deus
que compartilharam sobre isso comigo.
Sindicato é uma agremiação fundada para defender os
interesses comuns dos seus membros. Entre os interesses do sindicato dos
pastores estão:
1.
Carteira
assinada.
2.
13
salário.
3.
Férias.
4.
Piso
salarial.
Não sou contra a valorização
do pastor, mas creio que o ministério é um chamado e não uma profissão, meu receio é que o ministério acabe sendo profissionalizado.
Mas o que mais me preocupou não foi isso, foi saber do interesse do sindicato em aumentar
cada vez mais o número de membros ao mesmo tempo
em que tenta acabar com a informalidade, ou seja, eles não aceitam pastores de novos ministérios, só aqueles que são vinculados a igrejas históricas,
na verdade, desencorajam o pastoreio desse tipo de comunidade.
A igreja está paulatinamente se aproximando do estado, acabando com essa
separação na qual tantos, por tantos
anos, lutaram para conseguir. O estado quer acabar com os empregos informais e
parece que o sindicato de pastores também, quer acabar com os pastores
e as igrejas informais.
Mas o que é ser informal? Etimologicamente significa "sem
forma". E por que tanta briga por causa de forma? Sinceramente eu não sei, mas sei que muitas brigas e muitas divisões ocorrem por causa da forma.
O problema da forma é que ela também é uma forma (de gelo por exemplo), ou seja, ela sempre
limita o que está dentro dela. O que faremos
então, não teremos forma? Claro que teremos, até porque é impossível não ter uma forma. Mas não vamos colocar o valor na forma e sim no conteúdo.
O conteúdo é o evangelho e ele não tem como ser enclausurado em uma forma, as formas são meios, ferramentas pelas quais o evangelho é transmitido e vivido. Creio que muitos dos que se
intitulam informais são os mais apegados à forma. O objetivo é ter uma forma que representa
os princípios bíblicos, mas não se limitar a essa forma e
estar sempre pronto a reavaliar se a forma usada está comunicando no tempo em que vivemos.
Infelizmente muita briga é travada por forma, um ou dois cultos no domingo, horário de EBD, se pode bater palmas ou não no louvor, se levanta a mão
ou não, enquanto isso o evangelho
vai ficando em segundo plano.
Fui muito impactado pela letra
dessa música do João Alexandre:
“Enquanto
o domingo ainda for nosso dia sagrado,
E
em nome de Deus se deixar os feridos de lado.
Enquanto
o pecado ainda for tão somente um
pecado.
Vivido,
sentido, embutido, espremido e pensado.
Enquanto
se canta e se dança de olhos
fechados
Tem
gente morrendo de fome por todos os lados.
O
Deus que se canta nem sempre é o Deus que se
vive, não
Pois
Deus se revela, se envolve, resolve e revive
Não
tem jeito não, não
tem jeito não."
A mensagem que levamos é
muito maior do que qualquer forma ou instituição.
Por seu Reino de unidade!
Rodrigo Rezende
Querido irmão. Infelizmente, vc tem razão em quase tudoi o que comenta. Não discutirei o pouquinho que não acho 100% de acordo com minha visão pq senão não seria a minha ou a sua mas sim totalmente a visão. Entre nós, os Batistas, há uma organização chamada Ordem dos Pastores Batistas que tena a todo custo impor a idéia de que um concílio só tem autoridade para consagras um pastor se ela estiver presente. Tenta fazer pré concílio, só aceitar o novo pastor dentro da ordem se no seu concílio estiverem presentes no mínimo sete pastores filiados à ordem - e com suas contribuições em dia-. Nada mais me surpreende. A autoridade da igreja tem sido questionada a todo o tempo. É claro que em alguns casos há exagero por parte de alguns dentro das igrejas. Conheço um caso em que o antigo pastor ganhava mais do dobro que o atual, só dava algumas - algumas mesmo, quase só os momentos de cultos - e eles não reclamavam porque ele era extremamente hábil na arte da política.
O novo que tenta colocar a igreja como uma família em que ninguém tem o poder de mando, a não ser o Senhor Jesus e a Igreja em assembléias, nesta ordem está tendo problemas de não dar mais do que 20 horas por semana de expediente. Não sei aonde vamos parar mas uma coisa é certa, meu caro colega: Conto com pastores como você e eu para nos mantermos firmes no conceito de igreja que temos como forma. Em Cristo.
Gostei do texto, no mínimo pela veracidade dos fatos mencionados. E também porque há homens de Deus - como eu no campo missionário, que depois de dar os cumprimentos de despedida parecem dar adeus ao afeto. Isto exclui os valentes que preservam a boa relação e a visão de ministério e vocação. Mas é o reflexo de um Re/sentimento! Atualmente, há muitos minis-térios hábeis em falar das palavras de Jesus e poucos que fazem as obras de Jesus. Enquanto Ele disse que deviam fazer até obras maiores e nunca garantiu que poderiam usar 'palavras melhores'.